A procura mundial por produtos naturais e sustentáveis vem mudando o cenário mundial no setor de algodão. Há um aumento de consumo, e o principal ganhador com esse avanço é o Brasil.
Há três anos, o algodão ocupava o sétimo posto em valor de produção entre os produtos agrícolas brasileiros. Neste ano, subirá para quarto lugar.
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Informações desta segunda-feira (13) do Ministério da Agricultura indicam que as receitas dessa fibra serão de R$ 41 bilhões em 2019.
A procura mundial por esse produto elevou os preços, o que incentivou o aumento de plantio no Brasil. O algodão se adaptou ao clima do Centro-Oeste e da Bahia e tornou o país altamente competitivo.
Os Estados Unidos são os maiores exportadores mundiais, mas a produtividade deles é de 940 quilos de pluma por hectare. A brasileira é de 1.800.
Clima, luminosidade e manejo adotados pelos produtores nas lavouras ajudam na alta da produtividade.
Há um potencial grande de crescimento para o algodão, principalmente na segunda safra, a que vem após a da soja.
Nos próximos anos, assim como já ocorre com vários outros produtos, o país poderá assumir a liderança mundial na exportação de algodão.
Neste ano, a produção está prevista em 2,8 milhões de toneladas. Sendo que o consumo nacional fica próximo de 800 mil, restam outros 2 milhões para serem exportados. Se essa previsão do setor estiver correta, a receita externa com o produto superará US$ 3 bilhões em 2019. No ano passado, foi de US$ 1,8 bilhão.
O algodão, que há três anos tinha um VBP (Valor Bruto de Produção) inferior ao da banana, agora fica atrás apenas de soja, cana e milho.
O VBP total do país deverá atingir R$ 598 bilhões neste ano, 1,4% mais do que em 2018. A lavoura soma R$ 398 bilhões, e a pecuária, R$ 199 bilhões, de acordo com o Ministério da Agricultura.
Fonte: Folha SP