Dos cinco grandes projetos do setor siderúrgico no país, só a Companhia Siderúrgica de Pecém, no Ceará, uma associação da Vale com as coreanas Posco e DongKuk, está saindo do papel. O valor do investimento é de US$ 5 bilhões.
O projeto da usina da Alpa, da Vale, em Marabá (PA), depende da construção da infraestrutura - porto e via fluvial - pelo governo. A Siderúrgica de Ubu, no Espírito Santo, ainda não tem parceiro estrangeiro. O projeto da Ternium, no Porto de Açu, no Rio de Janeiro, teve as licenças ambientais cassadas pelo Ministério Público.
O quinto projeto, também no complexo industrial de Açu, está sob ameaça. A usina seria construída pela companhia chinesa Wuhan, em associação com o bilionário Eike Batista. O jornal chinês "21st-Century Business Herald" informou ontem que os chineses teriam desistido do empreendimento. O Valor não obteve confirmação da informação.
Além dos projetos parados, a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), que opera com 30% de capacidade ociosa, foi colocada à venda pelo grupo alemão ThyssenKrupp.
Há um dado estatístico que explica todos esses problemas: os custos de instalação de usinas no Brasil atingem US$ 1.800 por tonelada, em comparação com US$ 1.000 na Índia e na Rússia e US$ 550 na China.
Fonte: Valor Econômico/Por Ivo Ribeiro e Vera Saavedra Durão | De São Paulo e do Rio
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