A diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, defendeu nesta quinta-feira a contratação direta da Petrobras para exploração dos excedentes da cessão onerosa. "Foi benéfica para todos. Lucra a Petrobras, com mais reservas, e lucra o Brasil, que antecipa a produção de uma área com tanto potencial", comentou a diretora, em evento promovido pela Câmara Britânica de Comércio (Britcham), no Rio de Janeiro.
Ainda segundo Magda, a estimativa é que o excedente da cessão deve demandar investimentos próximos a US$ 60 bilhões ao longo do tempo de contrato. A contratação direta da Petrobras foi aprovada pela Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), em junho. A petroleira ficará responsável pela exploração do volume excedente de óleo nos campos de Búzios, Entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi.
As estimativas mais recentes da ANP indicam que as áreas podem conter volumes adicionais de 9,8 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) a 15,2 bilhões de boe. A Petrobras já detinha o direito de produzir 5 bilhões de barris dessas áreas desde 2010.
A diretora também, ainda, outras informações sobre o prospecto de Pau-Brasil. Após o leilão do campo de Libra, na camada pré-sal da Bacia de Santos, o governo pretende licitar outra área sob o modelo de partilha de produção apenas em 2015 ou 2016. Uma das próximas áreas que pode ir a leilão é o de Pau-Brasil, localizado ao sul do campo de Libra e distante 10 km do campo de Júpiter, um das áreas do pré-sal descoberta pela Petrobras no hoje chamado "cluster" de Tupi, na Bacia de Santos.
No evento desta quinta-feira no Rio de Janeiro, Magda disse esperar 8 bilhões de barris “in situ” (volume total de ól eo na área) na área de Pau Brasil e reiterou que espera nova rodada de licitações em 2015.
Fonte: Valor Econômico\Por André Ramalho
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