Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
Para o Brasil, que tem uma nova fronteira petrolífera a explorar, o mercado do setor é altamente preocupante. A tendência é de queda nos preços, o que dificulta a obtenção de investimentos para o pré-sal. Há alguns anos, o petróleo chegou a US$ 114 por barril e, agora, beira a metade. Os Estados Unidos continuam a produzir gás de xisto, a Arábia Saudita – para dificultar a intenção norte-americana – mantém sua produção no máximo. Em crise, Venezuela e Rússia não podem fechar as torneiras.
O acordo dos Estados Unidos com o Irã, se é bom para a paz mundial, é ruim para os países produtores. O Iraque, sob comando internacional/americano, está produzindo sem parar, enquanto o México e países africanos anunciam novas áreas a serem ofertadas aos gigantes do setor.
É certo que a Petrobras consegue extrair óleo do pré-sal a baixos valores, mas os gastos iniciais para exploração são elevados, e a estatal luta contra alto endividamento. As multinacionais têm interesse nas áreas brasileiras, mas há outras ofertas pelo mundo. Além do mais, a insegurança político-econômica do Brasil de hoje não serve de estímulo a qualquer atividade. Resta torcer por melhores dias e confiar em algumas consultorias que prevêem para breve a volta do petróleo ao nível de US$ 90 por barril
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