A BP fará baixas de até 17,5 bilhões de dólares no valor de seus ativos após ter cortado projeções de longo prazo para os preços do petróleo e do gás, apostando que a crise da Covid-19 terá impactos duradouros sobre a demanda por energia e acelerará uma transição de combustíveis fósseis para baixo carbono.
Assim como rivais, a petroleira britânica deve ter um grande impacto na receita devido à queda sem precedentes na demanda causada pela pandemia. As baixas contábeis devem elevar o peso de sua dívida e aumentar a pressão para que a empresa reduza os dividendos.
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O movimento vem em momento em que o presidente da petroleira, Bernard Looney, se prepara para apresentar em setembro sua estratégia para “reinventar” a BP, o que incluirá um foco menor em petróleo e gás e um negócio maior em renováveis.
A BP reduziu suas projeções para o petróleo Brent, referência internacional, para em média 55 dólares por barril até 2050, uma queda de cerca de 30% ante a cotação assumida anteriormente, de 70 dólares.
A projeção é a menor entre as maiores empresas de energia da Europa, segundo análise do Barclays.
A BP também disse que as consequências da pandemia vão acelerar a transição rumo a uma economia de baixo carbono, em linha com as metas do acordo climático de Paris de 2015.
“Nós redefinimos nossas perspectiva de preços para refletir esse impacto e a probabilidade de maiores esforços para uma ´reconstrução para melhor´, rumo a um mundo consistente com o acordo de Paris”, afirmou Looney.
Na semana passada, a BP confirmou que cortará cerca de 15% de sua força de trabalho em resposta à crise do coronavírus e como parte da estratégia do novo CEO.
Fonte: Reuters