A balança comercial encerrou 2015 com superávit (exportações maiores que importações) de US$ 19,681 bilhões. O resultado superou previsão do governo e do mercado financeiro, de superávit de US$ 15 bilhões, e ficou em linha com o antecipado pelo MONITOR MERCANTIL (US$ 20 bilhões). É o melhor saldo desde 2011, quando a balança fechou o ano superavitária em US$ 29,7 bilhões. Em 2014 houve déficit de R$ 4 bilhões. Em dezembro o saldo foi de US$ 6,24 bilhões.
“Em 2015 tivemos uma redução significativa no déficit da balança de manufaturados, que passou de US$ 109,5 bilhões em 2014 para US$ 71,9 bilhões em 2015. Como resultado, os industrializados responderam por quase 52% da pauta de exportações brasileira”, afirmou o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento (Mdic), Daniel Godinho.
PUBLICIDADE
As exportações totais cresceram 10% em quantidade em 2015, mas houve redução de 22% nos preços internacionais. “Se a quantidade em 2015 fosse vendida pelo preço médio de 2014, teríamos receitas extras de cerca de US$ 37 bilhões”, afirmou Godinho. O volume total exportado pelo Brasil em 2015 foi de 637,6 milhões de toneladas, ante 576,7 milhões de toneladas registrados em 2014, e é a maior quantidade desde o início da série histórica do governo, em 1997.
O superávit no ano resulta de US$ 191,1 bilhões em exportações e US$ 171,4 bilhões em importações. As exportações registraram retração de 14,1% na comparação com 2014. Nas importações, a queda foi de 24,3%. O secretário manteve previsão de superávit da balança de US$ 35 bilhões em 2016.
Entre os produtos afetados pela queda de preços estão o minério de ferro, complexo soja e petróleo bruto. Segundo o secretário de Comércio Exterior, eles responderam, juntos, por cerca de 70% da queda total das exportações brasileiras em 2015.
Em 2015, o Brasil registrou queda no valor exportado para alguns de seus principais parceiros comerciais. As vendas para a China, por exemplo, recuaram 11,3% e para os Estados Unidos, 9,7%. Godinho explicou que os 70 países que representam 90% de todo o comércio internacional tiveram, em conjunto, queda de 11% nas exportações e de 13% nas importações.
Fonte: Monitor Mercantil