A britânica BP firmou um contrato de longo prazo para o fornecimento de energia renovável com a Casa dos Ventos, maior desenvolvedora de projetos de geração de energias renováveis do país e que está construindo um dos maiores parques eólicos do mundo no Rio Grande do Norte.
O contrato de fornecimento de energia é mais um passo no ambicioso plano de transição energética da BP, que tem como meta atingir uma capacidade de produção de renováveis de 50 gigawatts (GW) até 2030.
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O contrato tem duração de 15 anos e foi celebrado com a BP Comercializadora de Energia, divisão da BP que atua no mercado livre e iniciou operações no Brasil há um ano.
Este é o primeiro contrato firmado pela Casa dos Ventos para a segunda fase do seu Complexo Rio do Vento. Quando estiver em plena operação, o Rio do Vento terá capacidade instalada superior a 1,038 gigawatts (GW).
— A região oferece ventos unidirecionais em velocidade alta e constante, o que em larga escala permite gerar energia a preços bastante competitivos — explica Lucas Araripe, diretor de novos negócios da Casa dos Ventos.
A primeira fase do complexo, de 504 megawatts (MW), entra em operação no início de 2022 e já foi toda comercializada em contratos que variam de 12 a 20 anos. Os clientes são Anglo American, Braskem, Baterias Moura, Tivit e Vulcabras e todos têm a opção de se tornarem sócios do empreendimento e portanto autoprodutores, reduzindo encargos setoriais.
A segunda fase do Rio do Vento já está com as máquinas compradas. A previsão é de entrar em operação em 2023.
— Temos uma empresa de óleo e gás viabilizando um empreendimento de geração de renováveis com um contrato de longo prazo para atender seus clientes com energia limpa — diz Araripe. — É um momento de mudança em que empresas estão cada vez mais conscientes e engajadas com a sustentabilidade, ao mesmo tempo em que as fontes renováveis já se apresentam como as mais competitivas economicamente, criando um cenário ideal para essa transição.
Os projetos atualmente operados ou em construção pela Casa dos Ventos somam R$ 7 bilhões em investimentos, dos quais R$ 2,5 bilhões já foram realizados.
Fonte: O Globo