O governo mexicano, por meio da Comissão Nacional de Hidrocarbonetos (CNH), firmou os últimos contratos da "Ronda Uno" - nome dado a uma série de licitações de exploração de campos de petróleo no país - para sete blocos de exploração em águas profundas do Golfo do México, sendo que irão realizar a operação e a exploração doos campos cinco das maiores empresas do mundo no ramo: China Offshore Corporation, a francesa Total, a norueguesa Statoil, a malaia PC Carigali e a norte-americana Murphy Oil.
O secretário de Energia, Pedro Joaquín Coldwell, afirmou ao concluir a assinatura dos contratos que essa rodada de licitações irá proporcionar um investimento de US$ 34 bilhões, quase cinco vezes mais do que o obtido com as três primeiras licitações da "Ronda Uno".
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No total, nove empresas de sete países vão atuar na exploração dos campos licitados das províncias de Cinturón Plegado Perdido e Cuencas Salinas do Golfo durante pelo menos 35 anos (o contrato prevê até 50 anos de exploração), dentre elas gigantes como a Exxon Mobil e a BP, além da mexicana Sierra Oil & Gas.
Nos sete contratos, serão pagos royalties ao Estado do México de 15,2%, de acordo com as ofertas feitas em dezembro passado.
Os últimos sete blocos licitados têm uma área combinada de 17 mil km² e o potencial de produzir cerca de 2,4 bilhões de barris de petróleo, o equivalente a dez vezes os recursos licitados nas três primeiras licitações da "Ronda Uno" e quase 10% do total estimado em águas profundas no Golfo do México. "Esses dados servem pra ilustrar por que os especialistas chamar essa licitação de 'jóia da coroa'", disse o ministro da Energia.
Resultados da "Ronda Uno"
O presidente da Comissão Nacional de Hidrocarbonetos (CNH), Juan Carlos Zepeda, disse que estes sete contratos concluíram a primeira rodada de licitações petrolíferas na história do país, na qual foram licitadas 55 áreas, sendo concedidas, de fato, 38 delas: cinco por meio de contratos de produção compatilhada em águas rasas, 25 por meio de contratos para campos terrestres e oito para contratos em águas profundas.
Zepeda assegurou que, durante essas quatro licitações, que levaram pouco mais de dois anos no total, "nenhuma das 93 empresas que participaram dos processos de licitação tiveram algum tipo de inconformidade, ou seja, não ocorreram impugnações".
Além disso, todos os eventos de apresentações, aberturar de propostas e declarações de venda foram feitos com absoluta transparência ante o notário público e o titular do Órgão Interno de Controle da CNH e foram transmitidos ao vivo pela internet.
A "Ronda Dos" de campos de petróleo mexicanos já está em andamento, com a licitação de 15 contratos de produção compartilhada em águas rasas, que serão realizadas em junho, e outros 25 de licença que serão leiloados em julho deste ano.
Fonte: América Economia