De São Paulo - O empresário Eike Batista vai levar mais uma empresa do seu grupo à bolsa de valores: a OSX Brasil. Será a quinta companhia com a marca "X" a ter ações negociadas no mercado paulista - as demais são MMX Mineração, MPX Energia, LLX Logística e OGX Petróleo.
Assim como as demais, a OSX Brasil também virá a mercado somente como um projeto, sem histórico operacional para mostrar aos investidores. A empresa vai atuar nos segmentos de construção naval, afretamento de unidades de produção e exploração de petróleo offshore (na costa), além de operação e manutenção (O&M) desses equipamentos.
Apesar de a OSX não ter um passado, a expectativa é de que a operação atraia atenção dos investidores, dado o desempenho das demais ações de empresas do grupo EBX. Credit Suisse e Itaú BBA vão coordenar a transação.
O pedido de registro da oferta pública de ações foi protocolado na terça-feira na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mas o calendário da operação e mais detalhes ainda não foram divulgados.
O que se sabe é que, como se trata de uma empresa pré-operacional, os pequenos investidores não poderão participar da distribuição. Na parcela de 10% a 20% da oferta que será destinada à dispersão da base de acionistas, o investimento mínimo será de R$ 300 mil.
Para dar início aos negócios, a OSX conta com um terreno de 2,9 milhões de metros quadrados no litoral de Santa Catarina, onde pretende construir um estaleiro. O dique seco terá 450 metros de comprimento por 130 metros de largura. A expectativa é de que as obras comecem no segundo semestre deste ano, com a unidade entrando em operação um ano depois.
A companhia tem um contrato com a coreana Hyundai para transferência de tecnologia para construção das embarcações.
Ainda como ponto de partida para a entrada em operação, a OSX firmou um contrato com a OGX Petróleo, do mesmo grupo, com prioridade para fornecer até 48 unidades de produção e exploração. O prospecto da oferta diz que o custo total desses equipamentos foi estimado em US$ 30 bilhões pela Technip. Conforme o documento, essas unidades podem ser adquiridas pela subsidiária OSX Leasing e afretadas para a OGX.
Os termos do acordo, anunciados nesta semana, estabelecem uma margem alvo de remuneração fixa e predeterminada de 15% na atividade de construção naval, 5% na prestação de serviços de O&M e 15% de retorno alvo sobre o capital próprio alavancado na atividade de afretamento.
Atualmente, a OSX tem uma unidade FPSO comprada por US$ 458 milhões da Samsung, que será afretada para a OGX por 20 anos, a uma taxa diária de US$ 263 mil. Chamada de OSX-1, a unidade tem capacidade de produção de 80 mil barris por dia e de armazenagem de 950 mil barris. ((Fonte: Valor Econômico/FT)
PUBLICIDADE