SÃO PAULO - As exportações brasileiras do agronegócio renderam US$ 8,3 bilhões em setembro, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) compilados pelo Ministério da Agricultura. Em relação ao mesmo mês de 2013, houve queda de 7,4%. As importações do setor aumentaram 3,6% na comparação, para US$ 1,4 bilhão, e, com isso, o superávit recuou 9,4%, para US$ 6,9 bilhões.
Como já era previsto, os destaques foram as fortes quedas observadas nas receitas dos embarques do chamado complexo soja (inclui grão e derivados) e do segmento sucroalcooleiro. No caso da soja, que lidera as exportações do campo, a retração foi de 27,4%, para US$ 2 bilhões, em larga medida motivada por uma oferta já mais restrita após vendas bastante aquecidas no primeiro semestre — mas também pela tendência de queda de preços no mercado internacional.
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Já no açúcar e no etanol, cujas ofertas sofrem com os reflexos da seca sobre os canaviais do Centro-Sul, a baixa foi de 21,3%, para US$ 972,1 milhões. Em contrapartida, as exportações brasileiras de carnes subiram 9% e alcançaram US$ 1,5 bilhão.
Entre janeiro e setembro, os embarques do agronegócio brasileiro somaram US$ 75,9 bilhões, 2,7% menos que em igual intervalo de 2013. As importações permaneceram estáveis em 12,7 bilhões e, assim, o superávit setorial recuou 3,2% na comparação, para US$ 63,2 bilhões.
Nos primeiros nove meses deste ano, as exportações de soja e derivados do país atingiram US$ 29,2 bilhões, 5,8% mais que no mesmo período de 2013, enquanto as vendas de açúcar e etanol ao exterior caíram 27,3%, para US$ 7,5 bilhões. As vendas de carnes ao exterior, por sua vez, aumentaram 3,6%, para US$ 12,8 bilhões. Soja, carnes e açúcar e etanol têm liderado as exportações do agronegócio brasileiros nos últimos anos.
Principal país importador de soja em grão do mundo, e maior cliente do Brasil nesse mercado, a China absorveu 26,8% das exportações do agronegócio brasileiro de janeiro a setembro, com compras que somaram US$ 20,3 bilhões — 0,5% menos que em igual intervalo de 2013.
Fonte: Valor Econômico/Fernando Lopes