O Brasil exportou, aproximadamente, 836,6 mil toneladas de arroz nos cinco primeiros meses do ano comercial 2012/13 (que vai de março de 2012 a fevereiro de 2013). Essa marca é 20% superior a do mesmo período do ano passado (entre março e julho de 2011), quando foram vendidas mais de 693 mil toneladas ao exterior. Até o momento, o volume exportado é maior do que em quase todos os meses dos anos anteriores, com exceção de 2009/10 e 2011/12 (quando foram exportados 894 mil toneladas e 2 milhões de toneladas, respectivamente). Na média mensal, mais de 167 mil toneladas foram exportadas entre março e julho deste ano, representando 25% do beneficiamento mensal de arroz do estado no período.
Este número, juntamente com a menor safra produzida, ajuda a explicar a forte alta de preços do arroz em casca desde o início da comercialização da safra 2011/12, principalmente em regiões mais próximas ao Porto do Rio Grande. Em algumas praças comerciais, o preço médio já supera os R$ 31 por saca de 50 quilos.
O Brasil já exportou para mais de 50 países este ano, acumulando um saldo de US$ 137,8 milhões na balança comercial do arroz. Dentre os principais destinos das exportações brasileiras de arroz no ano estão: Nigéria (281,6 mil t), Cuba (105,9 mil t), Serra Leoa (84,5 mil t), Senegal (73,5 mil t), Benín (57,3 mil t), Gâmbia (46,8 mil t), África do Sul (35,6 mil t), Suíça (30,4 mil t) e Nicarágua (21,1 mil t). O arroz parboilizado (esbramado e beneficiado) representa 49,7% das vendas externas de arroz no ano. Depois, seguem o arroz branco (23,1% do total), o arroz quebrado (24,7%) e o arroz em casca (2,5%).
O diretor comercial do IRGA, Rubens Silveira, destaca que para os próximos meses o cenário deve seguir favorável às exportações, embora seja esperada uma desaceleração no volume mensal exportado, tendo em vista a elevação de preço do arroz em casca e a escassez de produto. Silveira ressalta que, até o final do ano comercial, o Brasil deve exportar entre 1,2 e 1,5 milhão de toneladas, acima da meta de um milhão, projetada pela Conab.
Fonte: Jornal Agora (RS)
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