A duplicação da BR-423 está mais longe do que se imaginava. A Secretaria Estadual de Transportes (Setra) anunciou que a licitação seria republicada na semana passada, mas o discurso mudou. Ontem, o órgão informou, por meio da Assessoria de Comunicação, que não há previsão de avanços. O processo foi suspenso em setembro do ano passado porque o Tribunal de Contas do Estado (TCE) entendeu que era desnecessário contratar duas empresas: uma para elaborar o projeto e outra para estimar o preço da obra. O atraso, que seria de 15 dias, perdura a mais de seis meses.
No último dia 16, a Setra informou que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não havia autorizado a abertura da licitação, mas que o governador Eduardo Campos tinha dado sinal verde para a publicação. No ano passado, o Ministério dos Transportes se comprometeu a desembolsar R$ 6 milhões a serem pagos à empresa contratada para o projeto. As obras devem ficar em torno de R$ 300 milhões.
O Dnit fez um estudo para a duplicação há dois anos, mas as movimentações reais só iniciaram em 2009, após um encontro entre Campos e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O êxito da reunião reforçava as chances de as obras ocorrerem com celeridade. Para a Prefeitura de Garanhuns, principal cidade cortada pela rodovia, o otimismo permanece.
“A gente ficou muito alegre quando viu na Folha que a licitação sairia (em matéria publicada na semana retrasada). Continuamos na expectativa de que os serviços iniciem até o final do ano. É uma obra importante para o desenvolvimento da região”, afirmou o secretário de Governo do município, Carlos Eugênio Cavalcanti.
Fonte: Folha de Pernambuco/AUGUSTO LEITE
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