A ausência de promoção comercial estruturada dos produtos cearenses no mercado internacional foi indicada pela Comissão de Comércio Exterior do Ceará (CCE-CE) como um dos principais gargalos estratégicos para a exportação no Estado.
Recursos humanos insuficientes nos processos de desembaraço aduaneiro e a dificuldade de entendimento e emissão das notas fiscais de exportação e importação foram problemas identificados FOTO: TUNO VIEIRA
A dificuldade local, abordado no Plano de Ação para Estímulo às Exportações do Ceará (2013-2014) traz como sugestão a implantação, pelo governo estadual, de uma "Política para o Comércio Exterior com gestor e órgão responsável pela promoção comercial do Ceará no mercado externo".
Elaborado pela CCE-CE, o plano servirá como norte n as discussões dos Encontros de Comércio Exterior (Encomex) 2013, que se iniciam nesta semana. Para o secretário executivo da CCE-CE, Roberto Marinho, este Encomex "será um marco na criação de uma ambiência ao Comércio Internacional do Ceará".
Os encontros são promovidos pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), e ocorrem na próxima quinta-feira, no Centro de Eventos do Ceará. O objetivo é a implementação do Plano Nacional da Cultura Exportadora.
Estratégia
Outras duas questões que devem ser abordados no Encomex Fortaleza, indicados no plano estratégico, são a cultura exportadora incipiente no Estado, a ausência de "pontos focais" de apoio às exportações no Interior e a falta de projetos específicos voltados às exportações nos polos industriais.
Dentre as sugestões estão a criação de um Programa de Estimulo à Exportação assim como a realização de campanha de incentivo aos empresários cearenses sobre as vantagens de inserção de seus produtos no comércio internacional.
Logística
Em relação à logística, o plano aponta a ausência de linha marítima para os países africanos e o número reduzido de destinos internacionais, atendidos via aérea, como entraves para alavancar as exportações.
Nos órgão intervenientes foram indicadas: a inexistência de um regime de sistema simplificado pelo modal marítimo; recursos humanos insuficientes nos processos de desembaraço aduaneiro (órgãos anuentes); e a dificuldade de entendimento e emissão das notas fiscais de exportação e importação.
Segundo Marinho, a CCE-CE também está participando da elaboração do Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE), a cargo do MDIC.
Fonte: Diário do Nordeste (CE)
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