Os custos do frete rodoviário entre Mato Grosso e o porto de Miritituba, no Pará, tiveram queda de até 11% em setembro na comparação com o mesmo mês de 2019. Segundo o Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a retração é reflexo da conclusão da pavimentação da BR-163 e do aumento significativo do escoamento de grãos para exportação por essa rota.
De Sorriso (MT) a Miritituba, o transporte da tonelada de grãos saiu, em média, por R$ 170 no mês passado, contra R$ 190 em setembro ano passado. Até Santarém (PA), o preço caiu de R$ 240 para R$ 230 por tonelada. No trajeto entre Querência (MT) e São Luís (MA), o valor passou de R$ 300 para R$ 280. Já para transportar soja ou milho de Sorriso a Santos (SP), o custo aumentou de R$ 290 para R$ 300 a tonelada.
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Para o resto do ano, a tendência é de declínio acentuado dos preços dos fretes, ainda que haja demanda para exportação, diz o boletim da Conab. Segundo a estatal, o atraso das chuvas e do plantio da safra 2020/21 em Mato Grosso também deve postergar o aquecimento no mercado de fretes rodoviários no início 2021.
Os embarques acumulados de soja em grão de janeiro a setembro de 2020 totalizaram 79,2 milhões de toneladas, segundo a Conab, ante 60,8 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado. A China permaneceu como o principal destinos das exportações, com participação de mais de 50% no volume total negociado.
As importações de adubos e fertilizantes para uso em Mato Grosso, desde países como Rússia, Canadá, Estados Unidos, Belarus, Marrocos, Israel, China e Argélia, alcançou 4,3 milhões de toneladas nos nove primeiros meses do ano, acima das 3,9 milhões registrados no mesmo período de 2019.
Fonte: Valor