A área econômica prepara medidas para estimular a produção nacional de máquinas e equipamentos, na tentativa de incentivar o investimento e assegurar maior capacidade de atendimento à demanda. Entre as ações em análise, o governo considera a proposta do setor produtivo de acelerar a devolução de créditos tributários. O prazo médio atual na devolução dos créditos relativos a PIS e Cofins é de 12 meses e os fabricantes de bens de capital querem encurtar esse tempo.
As medidas estão sendo preparadas no âmbito da segunda versão da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), que está em formulação nos ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento e da Ciência e Tecnologia. A intenção do governo é montar uma política industrial coordenada com a política de comércio exterior, de forma a beneficiar as exportações. Ontem, os integrantes do Fórum de Desenvolvimento Econômico se reuniram pela segunda vez no Ministério da Fazenda para negociar as condições de estímulo ao investimento.
O foco foi a análise das condições para ampliação da oferta de crédito ao setor produtivo para fins de investimento. O braço creditício do governo se fez presente em peso com as presenças dos presidentes do BNDES, Luciano Coutinho, do Banco do Brasil (BB), Aldemir Bendine, e da Caixa Econômica, Maria Fernanda Coelho.
Bendine informou que foram discutidas ações que possam assegurar a ampliação do investimento. Ele disse que o BB analisa projetos de investimento que totalizam R$ 85 bilhões.
Além da avaliação da oferta de crédito, os integrantes do fórum discutiram também a qualificação da mão de obra, tida como um dos gargalos ao crescimento. A proposta é montar um programa de capacitação profissional para ampliar a oferta de trabalhadores com melhor nível de instrução.
A reunião não foi conclusiva e as negociações no governo para a montagem dos estímulos tributários e creditícios, bem como do programa de qualificação, prosseguem nas próximas semanas.
Fonte: Valor Econômico/Luciana Otoni | De Brasília
PUBLICIDADE