A equipe econômica pretende acelerar as privatizações e alega já ter acordo para vender três estatais (Correios, Eletrobrás e Porto de Santos) e os contratos da Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA). Neste caso, cada contrato pode gerar uma receita de R$ 100 bilhões, segundo estimativas dos técnicos.
Contudo, o plano do ministro da Economia, Paulo Guedes, em obter ao todo R$1 trilhão de reais com as privatizações enfrenta dificuldades no Congresso. Técnicos da equipe econômica reclamam que os políticos “sentaram em cima” dos projetos.
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O impasse gerou um embate entre Guedes e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O ministro disse que Maia teria se aliado aos partidos da oposição contra as privatizações. Ele reagiu e chamou o ministro de desequilibrado. Os dois fizeram as pazes em um jantar organizado por apoiadores na segunda-feira.
Segundo interlocutores de Guedes, a estratégia é aprovar pelo menos o fim do monopólio dos Correios este ano e acelerar outros projetos. A equipe econômica alega que pretende usar parte dos recursos das privatizações para criar um fundo de investimento em infraestrutura, o que seria um aceno a governadores e prefeitos, e parte em programas sociais. A ideia seria “transferir riqueza” das estatais para o povo, o chamado “dividendo social”. Essa seria uma resposta aos políticos que dizem que as estatais são do povo e, por isso, não podem ser vendidas.
Fonte: O Globo