Os investimentos do governo federal somaram R$ 41,8 bilhões em 2018. Apesar de ligeiramente superior ao desembolsado no ano anterior (R$ 39,7 bilhões), o valor está muito aquém do registrado no pré-crise.
Levantamento do Poder360 no portal Siga Brasil mostrou que, em 2014, no governo da então presidente Dilma Rousseff, foram R$ 73,9 bilhões destinados a obras e equipamentos. Em 2015, o valor caiu para R$ 46 bilhões.
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Os investimentos têm sido impactados pelo teto de gastos –medida aprovada pelo governo de Michel Temer em 2016 que limita o crescimento das despesas à inflação verificada em 12 meses até junho do ano anterior.
Com a limitação causada pelo teto e o crescimento dos gastos obrigatórios, como Previdência e folha de pagamento, sobra cada vez menos espaço para as despesas discricionárias, aquelas que o governo tem liberdade para cortar.
A saída “mais fácil” nesse cenário acaba sendo reduzir os investimentos, que vêm sendo enxugados dentro do Orçamento. O valor desembolsado em 2018 corresponde a menos de 2% do total gasto pelo governo no ano.
Em seu 1º ano no poder, a equipe econômica comandada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, terá menos de R$ 27 bilhões reservados no Orçamento para os investimentos.
Estima-se que, em 2019, as contas públicas tenham o 6º ano consecutivo de resultado negativo. No Orçamento deste ano, a projeção é de que o deficit primário do governo central seja de R$ 139 bilhões.
QUEM RECEBEU MAIS RECURSOS
O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil foi o que mais recebeu recursos: R$ 9,1 bilhões. Na sequência, aparecem Defesa (R$ 8,6 bilhões), Saúde (R$ 6,3 bilhões) e Educação (R$ 4,8 bilhões).
Já os programas com maior orçamento foram: transporte terrestre (R$ 6,8 bilhões), defesa nacional (R$ 6,5 bilhões), educação de qualidade para todos (R$ 3,2 bilhões), fortalecimento do SUS (R$ 2,3 bilhões), recursos hídricos (R$ 1,9 bilhão) e saneamento básico (R$ 1,3 bilhão).
Fonte: Poder 360