SÃO PAULO - Empresários paulistas estão preocupados com o prazo de implantação da lei de resíduos sólidos, há dez meses em vigor. A lei prevê que as empresas coloquem em prática, a partir de agosto de 2014, a chamada logística reversa, que é o descarte apenas daquilo que for impossível de ser reduzido, reutilizado, reciclado ou tratado e o recolhimento do produto pós-consumo.
Caso a lei seja descumprida, a previsão é de multas de até R$ 2 milhões e de até um ano de detenção. As punições são definidas pela Lei de Crimes Ambientais.
“A lei tem um bom princípio, mas a forma de aplicá-la é ruim. No entanto, temos que fazer algo mesmo que o prazo não seja possível de ser cumprido”, diz Eduardo San Martin, diretor de meio ambiente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).
A orientação aos empresários é de que sejam buscadas formas conjuntas de elaborar planos de gerenciamento de resíduos.
Para Antônio Rivas, gerente da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), o prazo é possível de ser cumprido, considerando que a lei prevê sua aplicação por metas. “É preciso estabelecer metas e aos poucos vai ampliando. Há tempo para fazer”, diz ele.
(Fonte: Valor Econômico/Samantha Maia)
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