De janeiro a novembro, o fluxo cambial ficou negativo em US$ 3,481 bilhões, contra superávit de US$ 23,508 bilhões em igual período do ano passado, segundo o Banco Central.
De janeiro a novembro de 2013, o segmento financeiro teve déficit de US$ 16,498 bilhões, enquanto o comercial ficou positivo em US$ 13,017 bilhões.
Em novembro, o fluxo financeiro ((investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações) ficou negativo em US$ 1,697 bilhão. Já o setor comercial (exportações e importações) fechou positivo em US$ 4,237 bilhões.
Com isso, após cinco meses seguidos no vermelho, o país fechou novembro com fluxo positivo US$ 2,540 bilhões, contra déficit de US$ 6,2 bilhões em outubro.
O superávit, porém, se deveu a fatores atípicos. Um deles foi o ingresso de dólares para pagar o bônus de R$ 15 bilhões (cerca de US$ 7 bilhões) pelo leilão do Campo de Libra pelas empresas privadas que integram o consórcio vencedor.
Também contribuiu positivamente o ingresso de recursos pela Vale para pagar R$ 4 bilhões de uma emissão de debêntures de 2006 e para a primeira parcela da adesão ao programa de refinanciamento de tributos federais (Refis).
“O resultado seria pior se o BC não voltasse a aumentar a taxa básica de juros (Selic), único caminho possível para quem dá liberdade ao capital especulativo”, critica Paulo Passarinho, do Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro (Corecon-RJ).
Segundo ele, a cada ponto percentual de aumento da Selic, a despesa com a dívida pública sobe 0,2 ponto do PIB, cerca de R$ 9,5 bilhões a R$ 10 bilhões ao ano. Nos 12 meses encerrados em setembro, a gastança com juros do setor público somou R$ 229,7 bilhões, ou 4,9% do PIB.
Fonte: Monitor Mercantil
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