A fabricante de máquinas e equipamentos WEG registrou lucro de R$ 335,3 milhões no quarto trimestre de 2018, alta de 12% em comparação com igual período do ano anterior.
A receita, na mesma base de comparação, subiu 16,9% para R$ 3,1 bilhões, influenciada positivamente pela variação do dólar em relação ao real, que favoreceu um aumento de 29,4% no faturamento com o mercado externo.
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A receita no mercado interno avançou 2,3%, para R$ 1,26 bilhão. No mercado externo — que representa 60% de toda a receita da companhia —, o faturamento ficou em R$ 1,86 bilhão. Em reais, o montante é praticamente o mesmo apurado um ano antes. Medida em dólares pelas cotações trimestrais médias, a receita avançou 4,1%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) chegou a R$ 489,8 milhões, 30,2% maior que um ano antes. A margem Ebitda ficou 1,6 ponto percentual maior, em 15,7%.
No acumulado do ano, o lucro da WEG foi de R$ 1,33 bilhão, alta de 17% em relação a 2017. A receita subiu 25,6%, para R$ 11,9 bilhões. O Ebitda cresceu 24,4%, para $ 1,82 bilhão.
As perspectivas da empresa para o mercado doméstico são positivas, com os primeiros sinais de retomada de encomendas de equipamentos de ciclo longo no país.
Produtos de ciclo longo costumam ser destinados a grandes projetos industriais e de infraestrutura e significam margens maiores para as fabricantes. A produção é diferente das dos produtos de ciclo curto, de menor porte e fabricados em série.
Segundo relatório divulgado pela companhia, no último trimestre de 2018 foi notada a retomada das cotações de projetos de equipamentos de ciclo longo, principalmente em áreas como a de papel e celulose e óleo e gás. Após a eleição presidencial, a companhia também observou o aumento da procura por equipamentos para projetos de expansão de capacidade ou novos investimentos.
A empresa registrou avanço na receita de equipamentos eletrônicos industriais com produtos de ciclo maior, principalmente painéis de automação. Como resultado, a participação da divisão de equipamentos industriais na receita total da empresa aumento 5 pontos percentuais, na comparação anual, para 55% do total do faturamento. De acordo com a WEG, indústrias importantes como a de mineração, papel e celulose e óleo e gás começam gradualmente a aumentar seus investimentos.
Sobre a divisão de geração, transmissão e distribuição de energia (GTD), a WEG citou a queda da receita no mercado brasileiro, atribuída à conclusão dos últimos projetos de geração eólica. “Nos próximos trimestres trabalhamos com o cenário de reduções adicionais, dado que não devemos ter novos projetos relevantes adicionados à carteira nos próximos meses”, diz trecho do relatório da empresa.
Outro fator que pesou nos resultados foi a oscilação na entrega de projetos de geração e transmissão, um movimento que segundo a empresa é comumente observado em momentos de troca de governos estaduais e federal. A participação da divisão GTD recuou dois pontos percentuais, na comparação anual, para 31,5%.
fonte: Valor