A multinacional Archer Daniels Midland (ADM), uma das maiores tradings de agronegócio do mundo, praticamente dobrou seu lucro líquido no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, para US$ 469 milhões. O lucro ajustado por ação ficou em US$ 0,85, ante US$ 0,60 no mesmo período do ano passado.
A receita com vendas ficou praticamente estável, em US$ 16,280 bilhões, e o lucro operacional ajustado de US$ 804 milhões, aumento de 18%.
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A melhora do resultado do trimestre foi puxada pela melhora no negócio de serviços agrícolas e oleaginosas. A desvalorização do real no Brasil e a forte pressão de vendas de grãos no país impulsionou os volumes de exportação, que bateram recorde, e também as margens da operação.
A companhia também registrou aumento da demanda por biodiesel na América do Sul e do Norte e volumes maiores de vendas de óleos refinados nos países sul-americanos.
Já os resultados da trading Wilmar, no qual a ADM possui participação, pesaram negativamente no balanço da multinacional americana.
A área de soluções de carboidratos da ADM apresentou resultado em linha com o do ano passado. A companhia reportou uma recuperação da demanda por etanol ao longo do trimestre, após o choque inicial da pandemia, embora ainda tenha duas plantas de produção do biocombustível fechadas. Por outro lado, as vendas de carboidratos e adoçantes recuaram diante da demanda ainda baixa por food service na América do Norte.
Na área de nutrição da ADM, o resultado cresceu diante da demanda firme por saborizantes e do crescimento do consumo de carne à base de plantas, além das fortes vendas de probióticos. Em nutrição animal, houve demanda robusta por ração para pets e por tratamentos.
Juan Luciano, CEO da ADM, disse em nota que a companhia ultrapassou as metas estabelecidas para os fatores sob controle da empresa e espera entregar “lucros e retornos fortes em 2020 em diante”.
Fonte: Valor