O maior equilíbrio entre exportações e importações barateou custos para o setor de comércio exterior de Santa Catarina. Quando o Estado era muito mais exportador, dificuldades logísticas se atravessavam no caminho, como o retorno de contêineres vazios, que encareciam os fretes.
Segundo Paulo Cesar Santiago, gerente geral da Interporti, operadora logística do Terminal Portuário de Itajaí (Teporti), com as importações em alta é possível agregar valor aos retornos dos contêineres.
“Aumentou o número de rotas, de armadores e de voos através do aeroporto de Navegantes. O equilíbrio está sendo muito importante para o desenvolvimento de toda a região. Foi um ganho logístico. Navegantes tinha desemprego e a Portonave foi fundamental para desenvolver o município. As importações também geram mais impostos, já que para exportar o governo dá incentivos através da desoneração”, avalia.
No Teporti, 75% das movimentações são geradas pelas importações. Grande parte, influência dos benefícios fiscais do governo do Estado, uma vez que mais de 50% é decorrente de negócios feitos por tradings. Mas o Teporti também tem indústrias entre os clientes, que importam matéria prima e equipamentos.
“Vamos investir R$ 30 milhões em equipamentos e aumento da capacidade. Nosso pátio está lotado. Onde íamos construir um armazém, desistimos para ter espaço para armazenar os carros chineses”, explica.
Com um berço de 150 metros, o Teporti tem possibilidade de ampliar o cais em mais 300 metros, ou seja, triplicar o tamanho. Além disso, tem 50 mil metros de área alfandegada e outros 100 mil metros de armazéns frigorificados e de carga geral, além de centros de distribuição.
A Interporti é resultado da associação da Columbia ao Teporti, que ocorreu há cerca de um ano e meio. Se as importações não tivessem em alta, em função dos benefícios fiscais, talvez a Columbia não tivesse vindo para Itajaí. No último ano, o crescimento foi de 30%. Hoje nosso crescimento é de 10% a 15% por mês.
Fonte: A Notícia - Jornal de Joinville
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