Dilma, sem a menor dúvida, não foi boa gestora nem negociadora. Aécio Neves não está conseguindo empolgar o grande público. Já Marina sobe como um foguete. Mas como será o Brasil com Marina? A história de “nova política” só cola para os menos esclarecidos. Eduardo Campos pregava o fim da vitaliciedade para ministros do Supremo Tribunal Federal, mas sua mãe está agasalhada no Tribunal de Contas da União (TCU), com mandato vitalício. O PSB apóia o tucano Alckmim em São Paulo e Romário para o Senado, no Rio. O avião em que Campos viajava tinha sido contratado de forma no mínimo heterodoxa, para não dizer, ilegal.
O que ocorrerá com Marina? O agronegócio renderá, este ano, US$ 90 bilhões livres para a nação. Ao dizer que deseja um “agronegócio sustentável”, o que pretende a candidata? O segredo do agronegócio está em transgênicos, uso pesado de defensivos e ampla mecanização – que, obviamente, gera desemprego.
Sobre a indústria, Marina critica “proteção excessiva”, o que dá a entender que acabará com o apoio à construção naval, que está prestes a alcançar 100 mil empregos diretos. Serão os custos maiores? Uma plataforma custa mais no Brasil, mas o gasto com seguro desemprego, perda no INSS e até gastos de psicólogos do SUS para apoiar desempregados deve ser computado.
Uma conta extensiva, que leve em consideração as perdas sociais, fatalmente indicará que, no frigir dos ovos, o conteúdo nacional é amplamente lucrativo para o país. Além do mais, o vice de Marina, Beto Albuquerque, é do Rio Grande do Sul, estado que desponta como sede de grandes estaleiros.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
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