A China detém a maior cota de importação do Ceará. Entre os produtos, a maquinaria está em alta. O motivo: preços baixos e tecnologia de ponta. É de olho nessa oferta dupla que um grupo de empresários cearenses dos setores químico e metal-mecânico segue hoje para o país.
A missão é coordenada pelo Sindicato das Indústrias Químicas, Farmacêuticas e da Destilação e de Refinação de Petróleo no Ceará (Sindquímica) com o apoio do Centro Internacional de Negócios (CIN), ligado à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). De acordo com o superintendente do CIN, Eduardo Bezerra, os setores de cosmético e material de limpeza ``serão divididos em antes e depois da missão``. ``O Ceará vai trabalhar com equipamentos de tecnologia de ponta e matéria-prima de melhor qualidade``, afirma.
Para Bezerra, o fato de a China ter produtos mais baratos e mais modernos vai aumentar a competitividade da indústria cearense que não quer produzir somente para o mercado interno. ``Queremos entrar em outros mercados``, observa e chama atenção para a África, continente eleito pela Fiec como um dos que mais deve receber a atenção cearense.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Ceará (Simec), Ricardo Pereira, o grande objetivo é levar pequenos e médios empresários para que eles, em conjunto, consigam fazer negócios. ``Queremos abrir um canal para que os pequenos tenham esse tipo de oportunidade``, observa.
Segundo ele, para uma indústria pequena é difícil pagar os custos da logística e trazer para o Ceará um equipamento comprado na China. A partir do momento em que várias empresas compram juntos, gastos como o frete passam a ser divididos.
Pereira destaca que a ideia é trazer equipamentos para produzir no Ceará, agregando valor aos produtos locais e, com isso, aumentando a competitividade. "Queremos dar modernidade ao parque industrial para vendermos aqui no Brasil".
(Fonte: O Povo(CE)/Camille Soares)
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