Lucro da holandesa Akzo Nobel sobe 5,4% no primeiro trimestre
Por Dow Jones Newswires
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LONDRES - A Akzo Nobel, empresa holandesa de tintas, revestimentos e produtos químicos especiais, anunciou nesta terça-feira que obteve no primeiro trimestre de 2018 um lucro líquido de 253 milhões de euros, um aumento de 5,4% em relação aos 240 milhões de euros registrados no mesmo período de 2017.
A receita da companhia, na mesma base de comparação, recuou 8%, de 2,4 bilhões de euros para 2,2 bilhões de euros. O resultado, de acordo com a Akzo Nobel, foi prejudicado por uma taxa de câmbio menos favorável no período, fazendo a receita da divisão de tintas decorativas cair 8% e a do setor de produtos voltados para o setor marinho e de óleo e gás recuar 9%. Excluindo os efeitos cambiais, ambas tiveram queda de 1% na receita.
Fonte: Valor
Thierry Costerg, novo presidente da fabricante de cabos de alumínio e cobre Nexans no Brasil, vai assumir o cargo com o negócio em curva ascendente. Afetada principalmente pela recessão econômica no país, que travou grandes projetos e reduziu a demanda em geral, a empresa espera concluir no terceiro trimestre a reestruturação de suas operações. Isso implica o fechamento da fábrica de Americana (SP), concentrando as atividades na fábrica do Rio de Janeiro.
Com isso, a perspectiva é ao menos manter o crescimento orgânico do ano passado, em que a receita subiu 5%. A companhia atua no fornecimento de cabos para vários setores. Os produtos são aplicado em alta voltagem - como linhas de transmissão -, telecomunicações, indústria e construção. O último segmento, explica Costerg, em entrevista ao Valor, segue bastante comprimido, principalmente porque as obras não voltaram consideravelmente, apesar de o Produto Interno Bruto (PIB) estar se recuperando. Na América Latina como um todo, construção é uma área importante para o grupo.
"O que vemos é que efeitos políticos internos estão adiando o investimento em infraestrutura, algo que não é exclusivo do Brasil e ocorreu em toda a América do Sul", comenta Steven Vermeulen, vice-presidente executivo da empresa francesa nas Américas. "À medida que essa incerteza passar, tenho certeza que os projetos voltarão. Mas, enquanto isso, a crise nos fez repensar o negócio."
Parte do pessoal foi mantido na transição da fábrica paulista para a carioca, mas a Nexans teve de cortar cerca de 250 postos de trabalho nessa mudança. Ao fim do processo, deve ficar com aproximadamente 500 funcionários.
A solução foi encontrada dentro de um programa chamado "Nexans em movimento", que a fabricante de cabos promoveu no mundo todo e ao fim do qual houve o anúncio da saída do presidente mundial, Arnaud Poupart-Lafarge. "A saída [do executivo-chefe] foi uma questão estritamente pessoal e devemos ter um plano de sucessão em breve", diz Vermeulen. Agora, o novo programa se chama "Em ritmo de crescimento".
Para Costerg, a crise brasileira surge como uma chance de a empresa voltar-se para operações mais enxutas, em linha com a nova realidade do país, mesmo que relativamente temporária. O Rio foi escolhido principalmente pelo histórico de mais de 30 anos na região e a proximidade com o setor de óleo e gás, que tem melhores perspectivas agora. "A recuperação dos preços da commodity com certeza ajuda", afirma.
A Nexans tem receita mundial de € 6,4 bilhões. Desse valor, 6% é gerado na América do Sul, onde Brasil e Peru são os principais contribuintes. O grupo não revela quanto fatura no mercado brasileiro. A empresa ainda é relevante no Chile e na Colômbia.
No país, as principais expectativas se concentram no ramo de energia elétrica. Em renováveis, os dois executivos veem oportunidades de negócios. Uma grande especialidade é em energia eólica, segmento no qual vê melhora na demanda. Mas o fornecimento também se dá para energia solar, trabalhando em conjunto com a indústria de painéis fotovoltaicos, explica Vermeulen.
A previsão é que a Nexans estará entre os três maiores fornecedores de cabos em energia. A estrutura no Brasil, contam, está ajustada para crescer junto com a economia. Além da alta voltagem, a empresa tem produtos para média e baixa voltagem.
Ao concentrar as atividades no Rio, a Nexans precisava de um reforço na competitividade e conseguiu isso fechando uma parceria com a Companhia Brasileira do Alumínio (CBA), do grupo Votorantim. A empresa francesa está instalada dentro da unidade de Alumínio (SP) da fabricante e vai receber, a partir o segundo semestre, o metal ainda líquido direto para ser extrudado e se transformar em um vergalhão, que, em seguida, vai virar um cabo.
"É um ganho competitivo considerável. Imagine transportar cabos enorme de alta voltagem pelo país. E temos nos leilões a presença de empresas estrangeiras, muitas chinesas, então é muito importante ter uma solução local", comenta Costerg. "Queremos avançar nessas parcerias", diz Vermeulen.
Fonte: Valor