Levantamento divulgado nesta segunda-feira (28) pela Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), que reúne 36 empresas de grande porte e 70 terminais, revela que a movimentação nos terminais de uso privado (TUPs) foi de 76,1 milhões de toneladas em maio, o que representa aumento de 8,1% em relação ao mesmo mês de 2024. O estudo é da Coordenação de Pesquisas e Desenvolvimento da ATP.
Segundo a ATP, houve crescimento em todos os tipos de carga. O maior foi nos granéis sólidos, com mais 8,6% e 46,8 milhões de toneladas. Em seguida, vieram as cargas conteinerizada, com 8,5% e 4,7 milhões de toneladas, a carga geral, que tiveram alta de 8% e movimento de 3,2 milhões de toneladas e os granéis líquidos, cujo volume, de 21,4 milhões de toneladas, significou incremento de 7%.
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Houve, de acordo com o levantamento da ATP, aumento da movimentação nas três principais modalidades de navegação: interior (14,98%), longo curso (8,57%) e cabotagem (4,55%). E também em todas as regiões do Brasil em maio passado. Na Centro-Oeste, foi de 69,3%. A Associação ressalta, no entanto, que o índice representa recuperação em relação ao ano anterior, quando a região enfrentou período de seca.
Na região Norte, o incremento na movimentação portuária foi de 12,2%, e o volume movimentando, de 11,2 milhões de toneladas; a região Sul avançou 11,6%, com 5,7 milhões de toneladas; o Sudeste, que concentra o maior volume absoluto, teve alta de 7,6%; e o Nordeste, de 4%.
Segundo o levantamento da ATP, a China manteve-se em maio como principal destino internacional das cargas movimentadas pelos TUP, com 25,8 milhões de toneladas e crescimento de 10,8% em relação ao mesmo mês de 2024. A Holanda foi o principal ponto de entrada na Europa das mercadorias que saem de TUPs para a Europa com mais de dois milhões de toneladas e aumento de 86,7%%.
Para Malásia e Estados Unidos, houve quedas de 17,32% e 5,9%, com 1,56 milhão de toneladas e 1,46 milhão de toneladas, respectivamente. No caso do país asiático, a ATP explica que a redução reflete a diminuição na exportação de minérios. Já para os americanos, foi reflexo de menor exportação de combustíveis minerais, como o petróleo.
O levantamento informa ainda que os terminais autorizados com maior aumento foram o Terminal Marítimo de Ponta Ubu – Samarco, com 237,25%, e o TKCSA – Ternium, com 97,91%. “Esse crescimento mostra o dinamismo dos terminais portuários privados, essenciais para o comércio exterior e o desenvolvimento sustentável da economia brasileira”, disse Murillo Barbosa, presidente da ATP.