O Mercosul iniciou negociações para um acordo com a União Européia em 1995. Tudo indica que os técnicos são incompetentes ou uma das partes não quer, de modo algum, chegar a bom termo. Com bom senso, pode-se concluir que os principais países do Mercosul – exceção feita ao Brasil – não querem acordos com a União Européia, muito menos com os Estados Unidos.
Por aqui, a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) tanto bateu a favor de um acordo que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) resolveu fazer eco para pedir acordos comerciais. Com comércio exterior que movimenta, a cada ano, meio trilhão de dólares, o Brasil não pode limitar suas vendas a países próximos. É claro que exporta para o resto do mundo, mas não pode assistir passivamente a negociações entre Estados Unidos e Europa que poderão criar um novo paradigma no comércio.
Além disso, em 2015 deverá ser inaugurada a expansão do Canal do Panamá, facilitando enormemente as exportações – e importações asiáticas. Não se pode esquecer, também, que o maior navio já recebido pelo Brasil carrega em torno de 8 mil contêineres, e já operam no mundo desenvolvido embarcações com mais do dobro desse volume, como o Maersk Mc-Kinney Moller, que pode carregar nada menos de 18.270 contêiners.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
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