A Transbrasa, terminal alfandegado do Porto de Santos, adquiriu créditos de carbono para neutralizar as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) emitidos durante o ano de 2024. A compensação foi realizada com a compra de créditos vendidos pelo projeto Delta do Parnaíba Wind Power Plant Project, do Piauí. Os dados constam do Relatório de Emissão de Gases do Efeito Estufa, Inventário 2024, produzido pela Transbrasa e Maplink Green.
“Produzimos um relatório mais completo em 2024, cobrindo as emissões de gases dos escopos 1,2 e 3 e visando ampliar a precisão do nosso inventário, explica Tainan Cócca Umbuzeiro, supervisora de Sistema de Gestão Integrada (SGI) da Transbrasa, responsável pelo relatório.
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A Transbrasa incorporou, em 2024, novas fontes de dados referentes ao transporte de cargas. Até 2023, o inventário considerava apenas as emissões relacionadas aos Conhecimentos de Transporte Eletrônico (CTe). A partir de 2024, foram adicionadas duas novas fontes: GMC e MT1 (resultantes de combustão móvel), proporcionando uma visão mais completa das emissões associadas às operações da empresa.
O Escopo 1 inclui emissões de GEE provenientes de fontes pertencentes à organização ou por ela controladas. Enquadram-se nesta categoria emissões devido à queima de combustíveis para geração de energia elétrica, térmica ou mecânica, emissões provenientes de processos químicos e emissões fugitivas.
Já o Escopo 2 abrange emissões de GEE originadas pela geração de energia elétrica ou térmica, importada da rede de distribuição e consumida.
O Escopo 3 traz as emissões indiretas, não associadas à energia importada, que possuem relação com as atividades da organização, contudo advindas de fontes que pertencem ou são controladas por outras organizações.
Em 2024, as operações monitoradas foram compensadas por meio do patrocínio de um projeto brasileiro de energia eólica localizado no Delta do Rio Parnaíba, Barra Grande / Ilha Grande (PI).
“Investir em créditos de energia eólica oferece múltiplos benefícios: trata-se de uma fonte limpa e renovável, de baixo impacto ambiental, que frequentemente gera benefícios socioeconômicos para as comunidades locais. A facilidade de aquisição, a rastreabilidade dos créditos e a chancela da UNFCCC (United Nations Framework Convention on Climate Change) para o projeto escolhido são também fatores que fazem parte da escolha”, explica o CEO da Transbrasa, Bayard Umbuzeiro Neto.
Também foram deduzidos os créditos, referentes aos iRECs (International Renewable Energy Certificates, ou Certificados Internacionais de Energia Renovável). Os IRECs são instrumentos que comprovam a geração de eletricidade a partir de fontes renováveis, como energia solar, eólica, hidrelétrica e biomassa.