A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) piorou as perspectivas econômicas para o Brasil neste ano, mas melhorou o cenário para 2017, passando a projetar estagnação do PIB (Produto Interno Bruto), e não contração. As informações estão em relatório divulgado nesta segunda-feira (28).
Em seu Panorama Econômico, a organização piorou de 3,3% para 3,4% a estimativa para a contração da economia brasileira neste ano. Para 2017, a conta apresentou melhora, com a OCDE projetando estagnação. Antes, via contração de 0,3%. Em 2018, a organização vê um crescimento de 1,2%.
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Segundo a OCDE, o crescimento global vai acelerar mais rápido do que se esperava nos próximos meses, com os cortes de impostos planejados pela administração de Trump e os gastos públicos aquecendo a economia dos Estados Unidos.
A organização revisou suas previsões para cima e estimou que o crescimento global vai acelerar de 2,9% neste ano para 3,3% em 2017, atingindo 3,6% em 2018.
A OCDE com sede em Paris foi ligeiramente mais otimista sobre as perspectivas dos Estados Unidos, com uma previsão de crescimento no próximo ano de 2,3%, ante 2,1% previstos em setembro.
O crescimento dos EUA vai acelerar mais em 2018 e atingirá 3%, a taxa mais alta desde 2005, com a administração Trump prometendo cortar impostos para pessoas jurídicas e físicas, além de iniciar um programa de investimento em infraestrutura.
Uma renovada economia americana vai ajudar a compensar a fraqueza em outros lugares do mundo.
A OCDE mostrou-se ligeiramente menos pessimista sobre o cenário para o Reino Unido do que em setembro, uma vez que o banco central tem ajudado a aliviar o impacto econômico da decisão de deixar a União Europeia.
A economia britânica deve crescer 2% neste ano, contra 1,8% estimado anteriormente, embora a taxa possa cair pela metade até 2018.
A previsão para a China, que não é membro da OCDE, é de um crescimento de 6,7% neste ano e de 6,4% em 2017, ambos um pouco melhor do que o esperado anteriormente.
A perspectiva para a zona do euro também foi ligeiramente melhor, apesar das incertezas sobre o futuro relacionamento do Reino Unido com a Europa. Impulsionado pela política monetária frouxa, o crescimento da região foi projetado em 1,7% neste ano e em 1,6% em 2017, ambos revisados com ligeira alta.
Fonte: Folha de São Paulo/DA REUTERS