SÃO PAULO O pacto de medidas microeconômicas anunciado na quintafeira pelo governo federal não é suficiente para resolver a crise das empresas fabricantes de máquinas e equipamentos na avaliação da entidade que representa o setor, Abimaq.
Ainda que iniciativas como um Programa de Regularização Tributária seja considerado importante, o presidente do conselho da associação, João Carlos Marchesan, diz, em nota enviada à imprensa, que seria necessário um período de carência, acompanhado por outras medidas de estímulo à economia, como forte queda nos juros. “Para que, retomado o acesso ao
crédito, normalizada a situação, as empresas pudessem, então, começar a quitar seus débitos.”
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“No mais, a taxa de correção dos valores da dívida cobrada não deveria ser a Selic, mas sim o IPCA mais 1% ou 2%, taxa compatível com o retorno da atividade produtiva”, disse.
A entidade espera ainda que o prazo para o parcelamento dos débitos seja maior, de pelo menos 20 anos, e que haja um gatilho que permita suspensão do pagamento das parcelas em períodos de retração da atividade.
A proposta de estímulo ao comércio exterior, por sua vez, “não contemplou medidas especificas voltadas a um sistema eficiente de apoio às exportações brasileiras”, reclama. O que o Brasil precisa é de financiamento às exportações com taxas competitivas, créditos para estes financiamentos e seguro de crédito”, segundo Marchesan.
Fonte: Valor Econômico/Victória Mantoan