O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) foi contratado pela Organização dos Estados Americanos (OEA) para executar a campanha de monitoramento de qualidade e quantidade de água em estações da região brasileira de rios que fazem parte da Bacia do Prata. O trabalho está inserido no Programa Marco (PM) de gestão sustentável dos recursos hídricos da Bacia do Prata. Além do órgão ambiental do Paraná, fazem parte do trabalho a Agência Nacional de Águas (ANA) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), que realizam estudos relacionados à vazão da água.
A diretora de Monitoramento Ambiental e Controle da Poluição do IAP, Ivonete Chaves, explicou que as coletas serão realizadas de acordo com cronograma pré-estabelecido. O objetivo do Programa Marco é a construção e implementação de uma Rede de Monitoramento da Qualidade de Água dos principais rios que compõem a Bacia do Prata - Paraná, Paraguai, Uruguai, Bermejo e Pilcomayo. “A rede deve permitir um diagnóstico coerente e completo da qualidade de água para uma avaliação real das causas e efeitos das questões ambientais transfronteriças e, com isso, estabelecer estratégias e medidas para o desenvolvimento regional sustentável e a gestão ambiental efetiva da bacia”, disse a diretora.
A primeira etapa de coleta de amostras foi realizada em seis pontos dos rios Paraguai, Paraná, Iguaçu e Uruguai nos Estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul. As coletas se encerraram na última semana (24 de agosto) e os resultados das análises feitas serão encaminhados à Organização dos Estados Americanos para integrar aos dados dos outros países a serem publicados pela organização. A equipe percorreu os Estados durante 10 dias para coletar as amostras.
Para o engenheiro agrônomo do IAP Alvaro Cesar de Góes, que foi a campo coletar as amostras, as analises também poderão mostrar como as empresas instaladas na bacia estão se relacionando e controlando seus efluentes. “As análises também vão revelar que tipo de poluentes e qual é a concentração deles nos pontos coletados, o que pode nos dar uma visão da tipologia dos empreendimentos que estão saturando o ambiente nesses locais”, explicou.
Nas amostras coletadas, serão analisadas pelo IAP as concentrações de vários elementos. “Esses componentes, em conjunto com os resultados das pesquisas de vazão da água realizados pela ANA e pela Unesp, vão atestar como está a saúde dos rios que visitamos. Com base nisso será possível criar mecanismos para a manutenção da qualidade ambiental nesses locais”, disse o técnico químico do IAP, Renato de Andrade.
O presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, lembra a importância da escolha do instituto por uma organização internacional para atuar nesse projeto. “Entre todos os laboratórios do país, o nosso foi escolhido pela OEA para compor essa rede que está sendo criada. Isso é uma valorização do trabalho que é realizado pelos nossos técnicos e o reconhecimento da nossa credibilidade enquanto órgão ambiental”, comemora.
Fonte: Agência Paraná de Notícias
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