Do Rio - Agosto é um mês chave para definir o fim de uma novela que se arrasta há seis anos em torno da participação da venezuelana na refinaria do Nordeste (conhecida como Abreu e Lima), que a Petrobras está construindo em Pernambuco.
A PDVSA, estatal de petróleo da Venezuela, já foi informada que precisa definir até lá sua participação no projeto. Em agosto terão sido utilizados integralmente os R$ 9,6 bilhões emprestados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o empreendimento.
A PDVSA terá que assumir não só os R$ 3,84 bilhões relativos a 40% do investimento já liberados pelo banco como também começar a fazer aportes mensais até desembolsar os R$ 8 bilhões restantes relativos à sua participação. A obra está orçada atualmente em US$ 13 bilhões (R$ 22,1 bilhões considerando câmbio de R$ 1,7 por dólar). Faltam R$ 12,5 bilhões para serem aportados até o fim da obra, prevista para 2012.
"Em agosto o valor do empréstimo terá acabado e qualquer pagamento para empreiteiras, equipamentos, mão de obra e EPC (Engenharia, Aquisição de Equipamentos e Construção) terá de ser feito em dinheiro", explicou Paulo Roberto Costa, diretor da Petrobras.
O dinheiro do BNDES foi emprestado a uma empresa constituída pela Petrobras, na qual os venezuelanos pretendem ter participação de 40%. Mas hoje ela é 100% brasileira e teve o empréstimo integralmente garantido pela estatal. A Petrobras enviou carta a Caracas explicando a situação. "A PDVSA respondeu que está ultimando os assuntos com o BNDES e estou aguardando. Não recebi nada oficialmente do BNDES."
(Fonte: Valor Econômico/CS)
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