O processo de escolha das agências de publicidade da Petrobras, cancelado no início de fevereiro depois de um vazamento do resultado, agora está em fase de fase de avaliação da documentação que comprova a capacidade técnica e qualificação econômico-financeira das 19 empresas que disputam o contrato. O resultado deve ser divulgado em maio. As três vencedoras dividirão um orçamento de R$ 250 milhões no próximo ano. O valor do orçamento de 2010, a Petrobras não revela.
Pelas regras da estatal, cada agência tem direito a 25% do orçamento do ano (no caso de 2011 serão R$ 62,5 milhões para cada uma). Os outros 25% ficam como reserva de orçamento e serão usados em caso de outro tipo de campanha. Como as contas serão agrupadas em assuntos: conteúdo mercadológico e institucional, cada agência fica com um segmento. De acordo com a necessidade de comunicação, a empresa pode direcionar os recursos.
As agências que atendiam a Petrobras até o ano passado eram a Heads, Quê (PPR) e F/Nazca Saatchi & Saatchi, que atenderam a companhia nos últimos quatro anos. Depois de cancelar a licitação, a Petrobras prorrogou os contratos emergencialmente. A estatal não informa o orçamento de propaganda para 2010, ano eleitoral. Um porta-voz explica que ela segue a resolução nº 20.562 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que prevê como parâmetro dos gastos em ano eleitoral a média dos orçamentos de publicidade e propaganda nos últimos três anos ou o valor do ano imediatamente anterior, o que for menor. O orçamento de 2009 foi de R$ 250 milhões.
A estatal cancelou a licitação em fevereiro depois que o site especializado Propaganda & Marketing (www.propmark.com.br) divulgou no dia 28 de janeiro que os vencedores tinham sido a Heads, a japonesa Dentsu e a Quê, nesta ordem. As três estão participando da nova licitação. A notícia foi colocada na internet às 11h51. A divulgação oficial, que confirmou as três, só aconteceu às 14h. Naquela licitação a F/Nazca ficou de fora porque obteve a décima colocação.
Agora a Petrobras informa que o novo edital foi modificado, "vedando a identificação dos lacres dos envelopes entregues às agências participantes" e que um auditor independente vai acompanhar o processo.
Os três vencedores assinarão contratos com dois anos de duração, que poderão ser renovados pelo mesmo período. Apesar das mesmas empresas que participavam antes continuarem no páreo, a Petrobras informou que mudou o tema da campanha fictícia que as agências terão que apresentar. Na que foi cancelada o tema girava em torno do retorno da Petrobras à Fórmula 1 e agora ele deve associar a companhia aos biocombustíveis
Fonte: Valor Econômico/ Cláudia Schüffner, do Rio
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