A expectativa da Petrobras é de que o imbróglio sobre o terreno da refinaria Premium II, onde se discute a presença da etnia Anacé, seja solucionado em até três meses. O prazo foi mencionado pelo diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, no evento Oil & Gas Outlook, realizado no Rio de Janeiro. Caso o problema não seja solucionado, a petrolífera irá procurar um novo local para instalar o empreendimento, que deverá ser implantado no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). As informações foram divulgadas, ontem, em portal especializado.
Procurada, a assessoria de comunicação da Petrobras não confirmou as declarações de Paulo Roberto Costa até o fechamento da edição.
No último dia 24 de fevereiro, o governador Cid Gomes garantiu, em encontro com o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, que 70% do terreno onde deverá ser encravada a refinaria já estão desapropriados. Enquanto isso, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) trabalha para encontrar uma solução o mais rápido possível para assegurar a liberação da área.
A identificação da etnia é necessária para a demarcação das terras e delimitação do terreno da refinaria. Entretanto, em 17 de novembro do ano passado, o Diário do Nordeste informou que o governo sinalizava para a possibilidade de procurar outros terrenos na região, caso os indícios de ocupação indígena na área fossem confirmados.
Outra ideia seria o redesenho do espaço. O governador Cid Gomes afirmou, também no fim do ano passado, disse que a questão poderia ser resolvida modificando "100 metros para cima, 200 metros pra baixo, mas sem impactar o núcleo dessa área em que já foram feitos os estudos de sondagem". Ele afirmou, na ocasião, que seria encontrada uma solução para "contemplar todas as partes".
Enquanto a refinaria cearense segue indefinida, a Petrobras abrirá, em 15 dias, as propostas comerciais para as obras de terraplanagem da Premium I, no Maranhão. Ainda não se sabe a quantidade de empresas participantes da licitação. Os serviços, segundo espera a estatal, devem começar ainda esse ano
Fonte: Diário do Nordeste(CE)
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