O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que a empresa está atenta a novas oportunidades de exploração e produção de óleo e gás fora do pré-sal. E destacou, nesse sentido, a aquisição da fatia da Total nas concessões de exploração da Bacia Foz do Amazonas.
A petroleira francesa renunciou recentemente a sua participação de 40% nos cinco blocos que operava na região, em parceria com a Petrobras (30%) e BP (30%), em meio a dificuldades com o licenciamento ambiental na região. Os blocos foram adquiridos na 11ª Rodada de concessões de concessões, em 2013. Na ocasião, a Total pagou cerca de R$ 250 milhões pelos ativos, mas teve o seu pedido de licença para perfuração nas áreas negado pelo Ibama. As perfurações na Bacia Foz do Amazonas vêm enfrentando resistência de ambientalistas.
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A Petrobras informou esta semana que entrou em acordo para assumir a operação e a integralidade das participações da Total nos blocos. A estatal brasileira poderá aumentar a sua participação de 30% para pelo menos 50% podendo chegar a 70%, caso a BP não manifeste interesse em incrementar sua participação.
“Nossa primeira grande oportunidade é no pré-sal. Mas o Brasil não é só pré-sal. Há outras oportunidades a serem exploradas e estamos de olho nisso. Recentemente adquirimos a fatia da Total na área do Foz do Amazonas. Acreditamos que há oportunidades lá, é uma extensão da Guiana. Estamos otimistas sobre produção e óleo e gás do Brasil”, afirmou o executivo nesta quarta-feira, durante o evento virtual “Commodities Global Summit”, do jornal “Financial Times”.
Castello Branco comentou também a gestão da dívida da companhia, e disse que a empresa tem buscado alongar os prazos de amortização. Ele reforçou a intenção da empresa de reduzir também o tamanho de sua dívida bruta, que encerrou o segundo trimestre na casa dos US$ 91 bilhões. A meta da companhia é fechar o ano com US$ 87 bilhões de endividamento, patamar próximo de 2019, e reduzir esses valores para US$ 60 bilhões em 2022.
Fonte: Valor