Trabalhadores petroleiros vão aderir à paralisação nacional convocada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) para hoje, quarta-feira (19), a partir das 6h. De acordo com as informações do Sindipetro-BA, todas as unidades da empresa vão atrasar o início da jornada de trabalho pelo menos por duas horas. O movimento vai atingir unidades como Rlam, Fafen, Transpetro, Conjunto Pituba e Universidade Petrobrás.
Os trabalhadores estão em estado de greve e ameaçam cruzar os braços no final do mês. Em campanha salarial e apesar das cinco rodadas de negociação realizadas pela Federação Única dos Petroleiros, com a Petrobrás, que teve início no dia 19 de setembro, os petroleiros ainda não receberam uma contraproposta da empresa. A pauta da categoria foi apresentada no dia primeiro de setembro e até agora a Petrobrás só concordou em antecipar a inflação dos últimos 12 meses (7,23%).
Os trabalhadores reivindicam 10% de ganho real, condições dignas de saúde e segurança, aumento de efetivos, melhoria nos benefícios, igualdade de direitos para combater a precarização do trabalho terceirizado e fim das práticas antissindicais. A empresa não apontou qualquer disposição política em alterar suas diretrizes de segurança e descartou em mesa toda a pauta da categoria referente à terceirização.
A defesa da vida é o eixo principal da campanha reivindicatória dos petroleiros, cujo tema é “A vida, sim, é a nossa energia – Exploração, só de petróleo”. Este ano, 15 trabalhadores morreram em acidentes na Petrobrás. Somente em agosto, foram oito vítimas, num total de 309 desde 1995. Três dessas vítimas eram da Bahia. Um número alarmante que reflete a insegurança crônica na qual vivem os trabalhadores da Petrobrás e subsidiárias, principalmente os terceirizados, que são as maiores vítimas de acidentes na empresa.
Fonte: Tribuna da Bahia
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