Os contratos futuros do petróleo fecharam em leve alta nesta quinta-feira (4), devolvendo, no fim da sessão, as perdas vistas mais cedo, com sinais de discordância entre os integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sobre os cortes de produção.
O contrato do Brent para agosto fechou em alta de 0,50%, a US$ 39,99 por barril na ICE, em Londres, enquanto o do WTI para julho subiu 0,32%, a US$ 37,41 por barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York.
Os preços se recuperaram um pouco no fim da sessão, com investidores aguardando mais esclarecimentos sobre os cortes de juros, após a Rússia e a Arábia Saudita terem chegado a um acordo para manter os cortes recordes de 9,7 milhões de barris por dia na produção por mais um mês. O fracasso em antecipar uma reunião da Opep e seus aliados, grupo conhecido pela sigla Opep+, também esfriou os ânimos compradores.
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Os investidores se mostraram reticentes com a notícia da manutenção de níveis atuais de cortes de petróleo por mais um mês, já que o apoio de sauditas e russos a uma extensão das reduções da produção depende de países como Nigéria e Iraque cumprirem as medidas existentes para reduzir a oferta global, informou a Reuters. Enquanto isso, Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos não concordaram em estender seus cortes voluntários de 1,18 milhão de barris por dia após junho, também segundo a agência.
"É improvável que o Iraque e a Nigéria, ambos enfrentando problemas econômicos, concordariam com as exigências do reino e do Kremlin para aumentar os seus cortes", disse, em nota, Paola Rodriguez Masiu, analista sênior de mercados de petróleo da Rystad Energy. "Não é à toa que o mercado está sendo chacoalhado."
Fonte: Valor