O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, disse que a cotação do dólar próxima a R$ 1,62 é um incentivo às importações. Em reunião com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, nesta sexta-feira (1º), Andrade defendeu medidas que melhorem a competitividade brasileira e garantam isonomia entre os produtos nacionais e estrangeiros. “Nós mostramos para a presidente que é possível aplicar barreiras técnicas e intensificar a fiscalização em portos e aeroportos.”
Segundo o presidente da CNI, Dilma concorda com as medidas de defesa comercial. No encontro, Andrade e Dilma conversaram sobre a missão brasileira à China. O presidente da CNI destacou que o interesse da indústria brasileira é formar parcerias com os chineses na área de infraestrutura. “Uma vez que o embaixador chinês Qiu Xiaoqi considera que a nossa estrutura não é eficiente, vamos convidá-los para que tragam seus recursos e invistam no Brasil”, disse Andrade. Ele vai liderar a comitiva de cerca de 200 empresários que acompanhará Dilma Rousseff na sua primeira viagem oficial à China, que ocorrerá de 12 a 15 deste mês.
Andrade avalia que o Brasil precisa de investimentos de R$150 bilhões por ano para ampliar e modernizar a infraestrutura. Esses recursos podem vir de parcerias estrangeiras e créditos de longo prazo. “A CNI, em parceria com o governo, tem que cuidar para que as empresas brasileiras participem de grandes projetos, como o do trem-bala”, disse.
Durante a reunião, Andrade também defendeu a ampliação dos limites de enquadramento das pequenas empresas no Simples Nacional. Atualmente, apenas empresas que faturam até R$ 2,4 milhões ao ano podem se beneficiar do Simples. A proposta da CNI é ampliar esse limite para R$3,6 milhões e que a tributação aumente gradualmente, de acordo com o crescimento da empresa. “O teto do Simples está ultrapassado, pois desestimula o crescimento e o desenvolvimento das micros e pequenas empresas”, explicou.
Fonte: O Estado do Paraná
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