As prestadoras de serviços para a indústria de petróleo Schlumberger e Baker Hughes surpreenderam o mercado na última sexta-feira (20) ao demonstrar resultados melhores do que o esperado para o segundo trimestre, em um momento em que seus negócios enfrentam dificuldades por conta da alta nos custos.
A Schlumberger, por exemplo, que é a maior do mundo no setor, registrou um lucro líquido de US$ 1,4 bilhão no período, ou US$ 1,05 por ação, avanço anual de 4,8%. Sua receita subiu 16%, para US$ 10,45 bilhões. Uma média de projeções compiladas pela Thomson Reuters indicava uma linha final do balanço em US$ 1 por papel.
Já a Baker Hughes obteve um incremento de 30% na mesma comparação em seu resultado final, para US$ 439 milhões, ou US$ 1 por ação. A pesquisa da Reuters esperava US$ 0,77 por papel. Entre abril e junho de 2011, o balanço havia sido afetado negativamente por despesas referentes à operação da companhia na Líbia.
Os números começam a afastar a preocupação dos investidores e analistas quanto à fraqueza do negócio de fraturação na América do Norte, que responde a uma fatia grande da operação dessas empresas. Sondas de perfuração estão migrando de campos de gás natural, cuja lucratividade é menor, para a exploração petrolífera.
No entanto, as prestadoras de serviço ao setor têm encarado despesas e falta de eficiência com esse movimento, que não podem ser totalmente repassadas às empresas para as quais elas trabalham. Mesmo assim, com a queda nos preços, a atividade nos poços de petróleo tem se segurado, mudando as previsões de quedas das margens do setor.
“[As empresas que oferecem equipamentos] não estão vendo a atividade de seus clientes diminuir”, afirma Phil Weiss, da casa de análise americana Argus Research. “Isso é positivo para todo o setor.”
Fonte: Dow Jones Newswires
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