Do Rio - O resultado da reunião do conselho de administração da Petrobras, realizada na sexta-feira, pode ser conhecido hoje. Há a expectativa que a direção da estatal fale sobre os temas discutidos durante as mais de nove horas em que os conselheiros estiveram reunidos. Entre os temas, estava previsto a discussão sobre a reestruturação da estatal, o futuro da TAG (subsidiária que reune os ativos de gasodutos da companhia) e a política de reajuste de preço dos combustíveis.
Enquanto o conselho se reunia, a direção da estatal tentava minimizar os efeitos da greve de 24 horas convocada pelas principais lideranças sindicais dos petroleiros. "A Petrobras tomou todas as medidas para garantir a manutenção da produção de petróleo e gás, bem como o abastecimento do mercado", afirmou a estatal, em nota. "As atividades da empresa estão dentro da normalidade, sem prejuízo à produção, estando preservada a segurança das instalações da companhia e de seus trabalhadores", informou a companhia.
De acordo com informações da Federação Única dos Petroleiros (FUP), o movimento grevista ocorreu em pelo menos dez Estados, incluindo plataformas de produção, refinarias, terminais da Transpetro, termelétricas e outras unidades da companhia. Segundo o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), principal braço da FUP, a greve foi de advertência contra o plano de desinvestimentos da Petrobras, que prevê levantar US$ 57,6 bilhões com a venda de ativos.
Ainda segundo a Petrobras, em função da greve houve registro de bloqueios na entrada dos empregados, gerando atrasos, assim como corte de rendição de turno.
No Rio de Janeiro, a FUP confirmou os dados divulgados pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), de entrega da operação de pelo menos 14 plataformas, de um total de 25, que aprovaram adesão ao movimento. Também houve adesão à greve na refinaria de Duque de Caxias (Reduc), no Terminal de Campos Elíseos (Tecam) e na termelétrica Governador Leonel Brizola.
Em São Paulo, todas as unidades operacionais, incluindo as refinarias Replan e Recap, terminais da Transpetro em Barueri, São Caetano, Guararema e Guarulhos e usinas térmicas, participaram da paralisação. Nas áreas administrativas, a greve teve adesão de trabalhadores próprios e terceirizados.
Em Minas Gerais, a paralisação ocorre na refinaria Gabriel Passos (Regap), na térmica Aureliano Chaves, na usina de biodiesel Darcy Ribeiro e no terminal da Transpetro em Juiz de Fora. No Espírito Santo, atingiu pelo menos uma termelétrica em Linhares e terminais da Transpetro, em Aracruz e Vitória. No Paraná, na refinaria Repar, em terminais da Transpetro e na fábrica de fertilizantes Fafen.te: Valor Econômico
Fonte: Valor Econômico
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