SÃO PAULO - Os efeitos de possíveis transformações que a efetivação do governo de Michel Temer trará à siderurgia devem ser sentidos só no ano que vem, opina o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro.
Em sua visão, há investimento represado no país por conta das incertezas políticas e a liberação desses recursos significaria uma retomada da demanda por aço ao longo do tempo. Vai depender, agora, das medidas tomadas pelo governo.
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“Mesmo que demore para uma recuperação, existe, sim, investimento parado”, declarou ao Valor. “A efetivação do governo tira incertezas e melhora a perspectiva de recuperação do mercado.”
O Inda reúne as empresas que distribuem aço no país. De janeiro a julho, a rede associada vendeu 1,81 milhão de toneladas de aços planos, 6,9% a menos do que no mesmo período de 2015. O consumo aparente do segmento, que reúne produtos importados e nacionais, caiu 25,6%, para 4,6 milhões de toneladas.
Nos últimos meses, contudo, essa baixa perdeu força e mês contra mês já é observado algum aumento nas vendas. As próprias usinas que fabricam o aço também já disseram que veem sinais de retomada do mercado, mesmo que ainda tímida.
Fonte: Valor Econômico/Renato Rostás