A Shell fechou parceria com a estatal de petróleo da China CNOOC nesta quarta-feira (25), em um movimento que vai ajudar no crescimento de longo prazo de projetos para a segunda maior economia do mundo, faminta por energia.
A Shell disse que selou dois acordos de parceria com a CNOOC, um para explorar petróleo e gás na bacia Yinggehai no sul do mar da China, e um segundo para procurar hidrocarbonetos ao largo da costa do Gabão.
A Shell já opera um campo de gás na China central, no bloco Changbei, e disse que iria procurar aumentar a produção no campo através de um acordo alternativo em separado com estatal CNPC, um braço da PetroChina.
"Esses novos projetos em parceria com empresas chinesas são a mais recentes vitrine da nossa estratégia para trabalhar com os nossos parceiros chineses, tanto na China como no mundo, para ajudar a suprir a energia para um país que precisa sustentar o rápido crescimento de sua economia", disse Lim Haw-Kuang, presidente executivo Shell na China, em um comunicado.
As petrolíferas chinesas têm sido agressivas na busca de ativos ao redor do globo para ajudar a alimentar a demanda de energia do país e ao mesmo tempo desenvolver seus próprios recursos, incluindo o gás de xisto.
"Isso é realmente parte da estratégia da Shell de construir um gasoduto nas opções de crescimento no médio e longo prazos. É claramente uma boa notícia a partir de uma perspectiva de longo prazo", disse a analista do Societé Generale, Irene Himona.
A Shell é uma das poucas empresas internacionais de petróleo a operar um campo de gás em terra na China, onde a produção é dominada pela PetroChina e Sinopec.
Além do empreendimento Changbei, a Shell assinou no início do ano um acordo com a CNPC para desenvolver um bloco de gás de xisto na China, no primeiro negócio do tipo no país.
A Shell, cuja última operação no mar da China foi há 10 anos, disse que iria possuir uma participação de 100 por cento nas licenças durante a fase de exploração no país asiático, mas essa participação poderia ser reduzida na fase de desenvolvimento.
No Gabão, a CNOOC vai adquirir uma participação de 25 por cento em duas das licenças da Shell.
Fonte: Reuters / Sarah Young
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