A Câmara Americana de Comércio (Amcham) divulga nos próximos dias a segunda edição de um guia completo sobre como investir no Paraná. O “How to Invest in Paraná”, impresso em inglês e agora também em espanhol, é um pequeno retrato do estado e uma arma para atrair novos investidores.
De abril do ano passado até abril deste ano, os investimentos estrangeiros no estado cresceram 25%, segundo a Amcham. “As visitas e consultas à Câmara Americana de Comércio aumentaram 30%. O que a gente vê é um aumento do interesse pelo Brasil por parte dos investidores estrangeiros”, explica o presidente do conselho regional da Amcham-Curitiba, Eduardo Guy de Manuel.
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O guia destaca, entre outros assuntos, a posição geográfica estratégica do Paraná no país, próxima do núcleo dos países que compõem o Mercosul e muito perto do maior mercado consumidor da América Latina, São Paulo. Para os próximos anos, a equipe estuda produzir versões em alemão e até mandarim. Os 10 mil exemplares impressos são distribuídos em embaixadas, consulados e órgãos de governo.
Empresas
O governo do estado não oferece um levantamento oficial sobre o número de empresas com sede em outros países que operam hoje no Paraná. Mas só no ano passado os investimentos estrangeiros passaram de R$ 1 bilhão, segundo a Secretaria de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul. O montante é atribuído aos incentivos fiscais do Paraná Competitivo.
Criado em 2011, o programa oferece isenção de 10% a 90% do ICMS, dependendo da estimativa de arrecadação da empresa. Também propõe dilatação de prazos para recolhimento do imposto, desburocratização e capacitação profissional.
Avaliação
O que os estrangeiros acham do Paraná
Duas empresas vieram para cá nos últimos anos – a Wipro e a Caterpillar – reconhecem que enfrentam dificuldades no Paraná, mas defendem as vantagens competitivas do estado.
A Wipro, empresa indiana da área de informática, está há sete anos em Curitiba, onde emprega mais de quinhentas pessoas. A posição estratégica do estado com relação aos países do Mercosul, a proximidade dos portos e a qualidade de vida na capital foram apontadas como vantagens pelo diretor da empresa na América Latina, Fernando Estrazulas. Ele elogia a infraestrutura do estado e o apoio dos governos municipal e estadual. Mas a empresa também enfrenta algumas dificuldades, entre elas encontrar profissionais com fluência no inglês e disputar mão de obra qualificada.
A Caterpillar, que desde 2011 produz máquinas para a construção civil em Campo Largo (Região Metropolitana de Curitiba), também sofreu para recrutar e treinar pessoas. “Mas essa dificuldade seria enfrentada em qualquer lugar”, diz o diretor industrial, Otto Breitschwerdt. Segundo ele, a empresa teve pedidos atendidos pelo governo. “Pedimos a duplicação da rua de acesso a nossa fábrica e a transposição da rodovia na altura da entrada de Campo Largo, para evitar que os caminhões passem pela cidade”, diz.
Fonte: Gazeta do Povo/Lana Canepa