A Vale anunciou na quinta-feira que concluiu, por meio de sua subsidiária Mineração Naque, as aquisições das participações diretas e indiretas da americana Bunge, da norueguesa Yara e das brasileiras Heringer e Fertipar no capital social da Fosfertil, maior produtora de matérias-primas para fertilizantes do Brasil.
A Bunge era majoritária na Fosfertil, e em conjunto as participações adquiridas pela Vale somam 58,6% do capital social da Fosfertil. Apenas nessas participações, a mineradora investiu R$ 3 bilhões. Além da fatia na Fosfertil, a Vale comprou da Bunge todos os ativos minerais que eram geridos pela divisão de fertilizantes da multinacional no Brasil.
Com isso, o investimento total realizado pela Vale para se transformar na maior companhia de fertilizantes do país alcançou US$ 4,7 bilhões. Resta à Vale, para completar de vez a operação, fechar a compra da participação que segue em mãos da também americana Mosaic, controlada pela Cargill. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Vale informou que espera concluir esta transação "no futuro próximo".
O Valor apurou que a mineradora tentou abreviar esse futuro até o último momento antes de enviar o comunicado à CVM. Não conseguiu. A reportagem também confirmou que, por causa do negócio, a Bunge terá em caixa cerca de US$ 3,5 bilhões para eventuais ajustes financeiros e investimentos, mas que esses recursos estão sendo disputados por diversas subsidiárias e não serão aplicados inteiramente no Brasil - berço do CEO global Alberto Weisser.
Fonte: Valor Econômico/ Fernando Lopes, de São Paulo
PUBLICIDADE