O Valor Bruto da Produção (VBP) dos 18 principais produtos agrícolas cultivados no país somou R$ 221,2 bilhões em julho, divulgou nesta segunda-feira (20) o Ministério da Agricultura. O montante é 0,8% menor que o registrado no mesmo mês de 2011. No entanto, de acordo com a pasta, o ritmo de queda vem diminuindo. Em junho, a diferença chegou a 2,85% em relação ao mês correspondente do ano anterior.
O ministério atribui a queda às secas nas regiões Sul e Nordeste, que afetaram consideravelmente a produção de grãos em diversos estados. Os fatores climáticos impediram que se repetisse o recorde de 2011, quando o VBP registrou o maior valor desde o início da série em 1997. Divulgado com base em levantamentos de safra feitos pelo Ministério da Agricultura, o VBP representa uma combinação entre quantidade produzida e preços de mercado.
Dos 18 produtos pesquisados, apenas cinco apresentaram aumento do VBP: algodão (37,9%), cebola (5,2%), feijão (9,3%), milho (22,4%) e soja (10%). De acordo com o estudo, o desempenho do milho deve-se ao aumento de produção na segunda safra anual e à alta internacional de preços, o que fez o valor de produção bater recorde e alcançar R$ 31,7 bilhões. No caso da soja, a recuperação de preços tem compensado a perda de cerca de 11 milhões de toneladas provocada pela estiagem na Região Sul.
Entre os produtos que vêm apresentando resultados desfavoráveis em 2012, os piores desempenhos foram registrados nas lavouras de laranja (-50,4%), batata inglesa (-43,9%), tomate (-40,2%), mandioca (-15,4%), arroz (-15,2%), cacau (-14,9%) e trigo (-12,6%). Também foram registradas quedas no VBP do fumo, da cana de açúcar, da uva, da maçã e do café.
No levantamento por regiões, Norte (4,9%), Nordeste (18,9%) e Centro-Oeste (23,5%) registraram elevação no valor bruto da produção. Segundo o Ministério da Agricultura, os resultados favoráveis nessas regiões devem-se ao bom desempenho de diversos produtos como soja, milho, feijão, algodão, cana-de-açúcar e banana. No Sudeste (-6,9%) e Sul (-6,5%), os resultados em julho foram piores que em 2011.
Fonte: Agência Brasil / Wellton Máximo
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