CARACAS — A estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA) e a empresa italiana ENI assinaram ontem dois acordos para a exploração conjunta de óleo no bloco 'Junín 5' da Faixa do Orinoco (nordeste) e a construção de uma refinaria - planos que exigem investimento total de 17 bilhões de dólares.
"É um passo fundamental (...) Em quatro ou cinco anos, a Venezuela será o segundo país em importância para nossa companhia", felicitou Paolo Scaroni, diretor-executivo da ENI depois da assinatura dos convênios.
A empresa mista, a ser construída, se chamará Petrobicentenario.
Como ocore desde 2007, quando a Venezuela nacionalizou seus recursos derivados de petróleo, a PDVSA ficará com 60% da participação acionária e a ENI, com os 40% restantes.
A ENI comprometeu-se a pagar um bônus de 600 milhões de dólares apenas para ter acesso ao projeto.
Segundo Scaroni, a refinaria, situada no complexo petroleiro José Antonio Anzoátegui, estará funcionando no final de 2016, com capacidade para processar até 240.000 barris diários de cru extrapesado.
Os acordos com a ENI representam um passo à frente no desenvolvimento da Faixa do Orinoco, considerada a maior reserva de hidrocarbonetos do mundo, e na qual já estão presentes vários sócios estrangeiros. A Venezuela estima produzir aí 4,6 milhões de barris ao dia (mbd) em 2020.
No momento, a produção de petróleo na Faixa é calculada em 954.000 barris por dia, com a oferta total do país rondando os 3 milhões de barris, segundo cifras oficiais.
Até agora, o governo venezuelano concedeu os blocos Carabobo I e Carabobo III a dois consórcios liderados pela espanhola Repsol e a americana Chevron, vencedores de licitação.
Além disso, assinou com um consórcio de empresas russas a exploração conjunta do bloco 'Junín 6'; com a estatal chinesa CNPC, a do 'bloco Junín 4' e com a PetroVietnam, a do bloco 'Junín 2'.
A Venezuela é o segundo país do mundo em depósitos de cru, com reservas provadas de petróleo de 251 bilhões de barris.
Fonte: AFP
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