SÃO PAULO - Em meio à fraca atividade econômica no Brasil, a fabricante de motores elétricos e equipamentos para automação industrial WEG poderá adiar investimentos a mercados que apresentam menor dinamismo neste momento, informa o presidente da companhia, Harry Schmelzer Jr.
Por outro lado, os projetos da companhia na China e no México estão “a todo vapor”, diz Schmelzer, premiado nesta segunda-feira pelo anuário "Executivo de Valor" no setor de Máquinas e Equipamentos. “Essas são as duas principais operações fabris fora do Brasil e queremos aumentar a verticalização e expandir a linha de produtos, ampliando o mercado nos dois casos”, diz. “Nos dois países, a capacidade produtiva deve ser incrementada significativamente, aumentando a competitividade da WEG e fortalecendo nosso posicionamento no mercado internacional”, acrescenta o presidente da empresa.
Já no Brasil, o executivo ressalta que os investimentos estão sendo gerenciados com atenção para evitar capacidade ociosa nas fábricas. Schmelzer diz não ter, para o restante do ano, perspectivas positivas ao setor de máquinas e equipamentos no mercado doméstico. Avalia, porém, que os investimentos feitos pela WEG em novos negócios e no mercado externo vão compensar a queda dos negócios no Brasil.
Para o executivo, a retomada dos investimentos no país passa por uma reforma tributária que simplifique o sistema e permita redução da carga tributária. Ele também defende a revisão das leis trabalhistas, tendo como objetivo uma legislação mais flexível e que “não alimente indevidamente uma estrutura de disputas judiciais”.
Schmelzer afirma ainda que o governo precisa viabilizar investimentos em infraestrutura, assim como dar continuidade aos leilões de energia, junto com financiamentos do BNDES a projetos do setor elétrico.
Fonte: Valor Econômico/Eduardo Laguna e Fabiana Batista
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