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ANP sugere que leilão do pré-sal oferte menos de 10 bi barris

RIO DE JANEIRO - O órgão regulador do setor de petróleo e gás vai sugerir ao governo que a primeira rodada de leilão de áreas do pré-sal tenha reservas com potenciais inferiores a 10 bilhões de barris recuperáveis de óleo equivalente.

O governo está discutindo para o leilão 40 bilhões de barris in situ, ou 10 bilhões de barris recuperáveis.

Na avaliação da diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, volumes demasiadamente grandes como esse não preservariam as riquezas do país e ainda trariam dificuldades para os vencedores da licitação desenvolverem as reservas.

"Acho isso muita coisa, poderia ser menos... Botar numa rodada algo da ordem de grandeza equivalente a toda a reserva provada do Brasil é muito", afirmou ela a jornalistas nesta segunda-feira, após evento no Rio de Janeiro.

A título de comparação, as reservas provadas da Petrobras totalizavam 16,4 bilhões de barris de petróleo e gás natural no fim de 2012.

Magda não indicou em quanto o potencial da oferta deveria ficar abaixo dos 10 bilhões de barris recuperáveis.

Segundo a diretora-geral da ANP, entre maio e junho devem ser definidas áreas e regras do leilão, o primeiro sob o novo regime de partilha da produção que garante uma fatia maior de ganhos ao Estado. A aguardada licitação de áreas do pré-sal está prevista para 28 de novembro.

Magda defendeu ainda que futuras rodadas de licitação de áreas do pré-sal aconteçam com uma periodicidade mínima de dois anos, de forma a dar tempo para a indústria do petróleo investir e se capitalizar para pontos de alto potencial exploratório.

"É uma grandiosidade que não dá para ser absorvida de uma hora para outra", comentou.

Durante palestra no Rio, ela já havia indicado que "licitar pré-sal todo o ano é complicado". "É muito volume", disse Magda.

LIBRA MENOR

O volume recuperável da área de Libra, que pode ser incluída no primeiro leilão do pré-sal é menor do que o inicialmente previsto, disse a diretora-geral da ANP.

Segundo ela, a estimativa inicial de Libra era de um volume recuperável de até 15 bilhões de barris de óleo equivalente, de acordo com um estudo feito por uma consultoria.

Atualmente, as projeções apontam para 18 bilhões de barris in situ, o equivalente a 4 bilhões a 5 bilhões de barris recuperáveis, de acordo com Magda.

"A gente esperava um contato óleo-água que aconteceu 50 metros acima, e então baixou (a estimativa). Furamos o poço e vimos isso", disse ela.

Ainda não há decisão se Libra será incluído no leilão do pré-sal. "Estamos estudando ainda", afirmou.

HABILITADAS

Antes de licitar o pré-sal, o governo retomará no mês que vem a oferta de áreas de exploração de petróleo e gás com um leilão de blocos de elevado potencial na margem equatorial --sem incluir a região petrolífera abaixo da camada de sal.

Segundo a ANP, foram habilitadas 64 empresas para participar da 11a rodada de petróleo em maio, em uma licitação que marcará a retomada dos leilões no país, não realizados desde 2008.

O leilão de maio atraiu interesse de 71 companhias e só perde em número de interessados para a nona rodada (74 empresas), que envolvia inicialmente blocos do pré-sal que acabaram sendo retirados pelo governo para serem licitados pelo modelo de partilha.

A 11a rodada vai licitar 289 blocos: 166 localizados no mar (94 em águas profundas e 72 em águas rasas) e 123 em terra.

Fonte: Reuters/Rodrigo Viga Gaier e Roberto Samora






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