Receba notícias em seu email

MSC

ANP vai à Justiça para forçar Petrobras a desistir de arbitragem

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) entrou com ação na Justiça Federal para obrigar a Petrobras a interromper a arbitragem que a empresa pretende abrir, na Câmara de Comércio Internacional, para questionar decisão envolvendo pagamento de participações especiais (receitas governamentais de petróleo) no pré-sal da Bacia de Santos.

O objetivo da Petrobras, com a arbitragem, é reverter decisão da agência que poderá ter impacto de R$ 50 bilhões ao longo de 35 anos.


PUBLICIDADE



A ação da ANP foi encaminhada no dia 29 de abril. Em reunião no dia 9 de abril, a diretoria da agência havia decidido que a Petrobras deveria ser notificada sobre o fato de que a arbitragem, "referente à aplicação do conceito de campo de petróleo", era ilegal.

Na ocasião, a ANP mandou informar que, caso a Petrobras não desistisse da iniciativa, a agência recorreria à Justiça para obrigá-la a voltar atrás, o que está fazendo agora.
Em 2011, a ANP decidiu que duas áreas contíguas no pré-sal da Bacia de Santos, Lula e Cernambi, fossem consideradas um único campo.

A decisão, em tese, torna o "supercampo" uma área com elevada receita financeira de petróleo, o que amplia de forma exponencial o pagamento de participações especiais pelos concessionários –Petrobras, com 65% de participação em Lula, a britânica BG, com 25%, e a portuguesa Galp, com 10%.

RECEITA
Participação especial, assim como os royalties, é uma receita que as empresas de petróleo devem pagar aos governos.

A diferença para os royalties reside no fato de que as participações especiais são pagas sobre a receita financeira obtida com a venda de petróleo, somente em campos de elevada produtividade e rentabilidade.

Já os royalties são cobrados pelo volume produzido. A união das duas áreas potencializa os ganhos financeiros das empresas na área resultante, elevando o valor de participações especiais devidas.

Petrobras e os sócios querem manter o desmembramento das duas áreas e, por isso, recorreram à Câmara de Comércio Internacional para propor a arbitragem, em fevereiro.
A Petrobras afirma que "buscou tentativas de conciliação na via administrativa, sem êxito". A empresa informou, ainda, que a solução do conflito por meio de arbitragem, é previsto no contrato de concessão.

OUTRO CASO
Outra briga sobre unificação de áreas contíguas está se desenhando entre a ANP e a Petrobras, desta vez na Bacia de Campos.

De forma semelhante ao ocorrido na área do pré-sal da Bacia de Santos, a petroleira também questiona a decisão da ANP de considerar como um único campo as áreas de Baleia Anã, Baleia Azul, Baleia Franca, Cachalote, Caxaréu, Jubarte e Pirambu, tornando tudo Jubarte

Fonte: Folha de São Paulo\SAMANTHA LIMA DO RIO






Shelter

   Zmax Group    ICN    Ipetec
       

NN Logística

 

 

 

  Sinaval   Syndarma
       
       

© Portos e Navios. Todos os direitos reservados. Editora Quebra-Mar Ltda.
Rua Leandro Martins, 10/6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20080-070 - Tel. +55 21 2283-1407
Diretores - Marcos Godoy Perez e Rosângela Vieira