A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) pretende enviar, na próxima semana, as cartas de convocação para as empresas derrotadas na disputa por blocos devolvidos na 11ª Rodada de Licitações, em maio. A convocação das companhias será deliberada em reunião da comissão especial de licitação da agência na sexta-feira. As empresas interessadas deverão se manifestar em até cinco dias, após o recebimento do documento.
Dos 142 blocos negociados no leilão, só 87 já tiveram os contratos assinados até o momento. O prazo para a assinatura dos contratos foi prorrogada até 17 de setembro. O prazo para o pagamento dos bônus de assinatura, no entanto, venceu na última sexta-feira.
Ainda não se sabe ao certo o total de blocos que serão devolvidos. A autarquia informou que está sendo feito um levantamento para saber quais empresas pagaram o valor necessário para obter as respectivas concessões.
Dos 55 blocos cujos contratos ainda não foram assinados, já é certo que nove serão devolvidos pela OGX. Dessas áreas, em apenas uma (o bloco BAR-M-213, na Bacia de Barreirinhas) não houve disputa com outras empresas. O bloco será devolvido para a União.
A petroleira do grupo EBX ainda pode devolver um décimo bloco, o POT-M-475, em águas profundas, na Bacia do Potiguar. A empresa ainda não assinou o contrato da área e não há informações até o momento de que ela tenha efetuado o pagamento de R$ 20 milhões de bônus de assinatura.
As atenções do mercado também estão voltadas para a Petra Energia. Segunda maior vencedora do leilão, em número de blocos, a companhia ainda não assinou os contratos relativos aos 28 blocos que arrematou. Ainda não se sabe se a empresa pagou a quantia de R$ 111,5 milhões de bônus relativos aos contratos dessas áreas. A maior vencedora da 11ª Rodada foi a Petrobras, que arrematou 34 blocos.
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta ontem, puxados pelas tensões com a Síria e pelos dados positivos da economia dos Estados Unidos. Em Nova York, o contrato do WTI para outubro subiu US$ 0,89 (0,81%) e terminou a US$ 108,54 o barril. Em Londres, o Brent para o mesmo mês ganhou US$ 1,35 (1,18%) e foi para US$ 115,68 o barril.
Fonte:Valor Econômico/Rodrigo Polito | Do Rio
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